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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S678 (October 2023)
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ESTUDO COMPARATIVO DE DUAS METODOLOGIAS NA MEDIÇÃO DE HEMOGLOBINA DE DOADORES DE SANGUE
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MK Pauluch, HF Caldas, JG Bohatczuk
Hemocentro Regional de Guarapuava, Guarapuava, PR, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Introdução

A modernidade tem trazido alguns confortos ao doador de sangue, entre eles a avaliação da hemoglobina antes da coleta sem a desagradável punção digital. Contudo, também estas metodologias estão sujeitas a variáveis que podem comprometer o resultado final da hemoglobina. A temperatura ambiente de locais com grande amplitude térmica, como em Guarapuava no Centro-Oeste paranaense onde o estudo foi realizado, pode ser uma variável mais significativa do que em locais com temperaturas mais elevadas. Uma variável, levada em conta pelo fabricante do dispositivo não invasivo, foi o comprimento da unha do doador(a) havendo equipamentos para unhas curtas e unhas longas dentro dos quais existem ajustes como temperatura e textura da pele e outros parâmetros sendo este um ponto crítico dependente da subjetividade do operador. Embora o estudo contemple números, tem caráter qualitativo e visa comparar valores de hemoglobina entre duas metodologias distintas.

Método

No período de 2 a 3 de agosto de 2023 foram avaliados no Hemocentro Regional de Guarapuava-PR quanto à dosagem de hemoglobina previamente à doação, vinte e sete doadores de sangue utilizando dispositivos não invasivos para unhas longas no estudo denominado como A e para unhas curtas no estudo denominado como B. Dos 27 doadores, 18 utilizaram o dispositivo A e 9 doadores utilizaram o dispositivo B. De cada um deles foi retirada uma alíquota de sangue total acondicionada em tubos descartáveis contendo EDTA, os quais foram encaminhadas ao laboratório de Controle de Qualidade da unidade para dosagem da hemoglobina utilizando o contador de células.

Resultados

Dos 18 doadores avaliados no dispositivo A, 10(55%) apresentaram valores de hemoglobina inferiores aos do contador, sendo 6 com diferença de uma unidade entre os equipamentos, 2 com diferença de duas unidades, 1 com diferença de três unidades e 1 com diferença de 6 unidades; 4(22%) doadores apresentaram valores de hemoglobina superiores aos do contador, sendo 2 com diferença de uma unidade entre os equipamentos e 2 com diferença de duas unidades; ainda dos 18 doadores, 4(22%) apresentaram os mesmos valores de unidades nos dois equipamentos com diferenças apenas na primeira casa após a vírgula. Dos 9 doadores avaliados no dispositivo B, 9(100%), ou seja, todos apresentaram valores de hemoglobina inferiores aos do contador de células, sendo 4 com diferença de uma unidade, 1 com diferença de duas unidades, 2 com diferença de três unidades e 2 com diferença de quatro unidades entre os dois equipamentos.

Discussão

Com princípios de funcionamento diferentes, um que avalia uma onda de pulso periférico e outra que mede a hemoglobina liberada após a hemólise das hemácias, ambas geram valores numéricos normalmente expressos em gramas por decilitro que não deveriam ter grandes variações, o que nem sempre é possível devido às características e limitações de cada um deles.

Conclusão

Observou-se uma tendência de valores de hemoglobina superiores no contador de células que no dispositivo A da ordem de 55% e de 100% no dispositivo B. A padronização na seleção dos parâmetros dos dispositivos A e B por seus operadores, além da consideração quanto à influência de fatores externos é de fundamental importância na obtenção dos valores de hemoglobina tão necessários à decisão sobre o procedimento da doação de sangue.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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