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Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S510-S511 (October 2023)
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HEMO 2023
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COLETA DE CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOIÉTICAS POR AFÉRESE EM DOADORES NÃO APARENTADOS UTILIZANDO CATETER VENOSO CENTRAL: A EXPERIÊNCIA DO GRUPO GSH
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SMC Liraa, FSB Ferreirab, NRS Remigioa, ACC Copelloc, M Costaa, M Valvasoria, AM Souzaa, LFF Dalmazzoa
a Grupo GSH, Brasil
b Hospital DF Star, Brasília, DH, Brasil
c REDOME ‒ Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

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Introdução

O Grupo GSH possui parceria com o Registro de Doadores de Medula Óssea (REDOME) para avaliação clínica e coleta de Células Progenitoras de Sangue Periférico (CPHSP) de doadores não aparentados. Como rotina, realiza-se a coleta em regime ambulatorial utilizando acessos venosos periféricos compatíveis para doação por aférese. Diante da impossibilidade de coleta por este acesso, a doação via Cateter Venoso Central (CVC) torna-se uma alternativa através de contrato firmada entre GSH, REDOME e Hospital DFSTAR.

Objetivo

Este trabalho busca avaliar a eficácia das coletas de CPHSP realizadas via CVC e os possíveis eventos adversos relacionados ao seu uso.

Materiais e métodos

Levantamento retrospectivo dos atendimentos realizados nas unidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília no período de 15/02/2022 a 13/06/2023 por meio dos registros do Grupo GSH e REDOME. Foram incluídos os doadores que realizaram a coleta de CPHSP via CVC. No dia da coleta, o doador é internado no Hospital DFSTAR em Brasília para passagem do dispositivo à beira leito, em acesso femural guiado por ultrassonografia pela equipe médica radiointervencionista. A coleta de CPHSP é realizada conforme o protocolo do GSH, objetivando o alvo de CD34+ determinado pelo centro de transplante solicitante e após o resultado do produto coletado, o CVC é retirado e o doador recebe alta. O acompanhamento pós-coleta é realizado pelo REDOME.

Resultados

No período estudado foram realizadas 25 coletas em 25 doadores via CVC. A média de idade dos doadores foi de 32,08 anos, sendo 13 doadores do sexo feminino (54,16%). A média de volemia de sangue total processada foi de 3,4 e tempo máximo de procedimento de 330 minutos. A dose média coletada de CD34 foi de 16,45×106/Kg do receptor e não foi necessário 2ºdia de coleta em nenhum doador. Quanto as reações adversas, um doador apresentou sintomas de hipocalcemia e sinal de Trousseau revertido com redução do fluxo de extração e aumento da velocidade de reposição do cálcio. Não ocorreram reações adversas graves. O acompanhamento pós-doação foi realizado com 23 doadores por contato telefônico para avaliação clínica geral e estudo de hemograma do 7º e 30º dia pós-coleta. Neste acompanhamento, um dos doadores relatou hematoma no local do cateter com resolução espontânea e uma doadora apresentou cefaléia de média intensidade e dor em MMII prolongada sendo encaminhada para acompanhamento médico na UBS, não sendo possível associação com a doação. Não houveram outras queixas.

Discussão

A passagem do CVC amplia a elegibilidade do doador para coleta CPHSP subtraindo barreiras que, frente a necessidade do receptor, gera grande impacto no atendimento. A participação da equipe especializada para a implantação do dispositivo em ambiente apropriado, com estrutura e suporte necessário são diferenciais para garantia da segurança do procedimento.

Conclusão

A coleta de CPH alogênica por aférese via CVC apresentou boa eficácia e baixo risco de eventos adversos graves.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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