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Vol. 44. Issue S2.
Pages S556 (October 2022)
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ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS EM HEMOGRAMAS DE PACIENTES PORTADORES DE HEMOGLOBINOPATIAS
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GL Xaviera, GVA Barretob, RF Pimentelb, GJB Albertimb,c
a UNISÃOMIGUEL, Recife, PE, Brasil
b Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), Recife, PE, Brasil
c Centro Universitário Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), Recife, PE, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivos

Explicar a importância do hemograma como parte inicial do diagnóstico de hemoglobinopatias destacando as principais alterações hematológicas de pacientes portadores de hemoglobinopatias.

Materiais e Métodos

Estudo observacional de abordagem analítica transversal, realizada por meio da consulta às bases de dados científicos, selecionando criteriosamente fontes que dissertam sobre aspectos gerais das hemoglobinopatias e a importância do hemograma na investigação inicial de anemias em cruzamento às informações coletadas do banco de dados dos pacientes portadores de hemoglobinopatias atendidos pelo HEMOPE. Foram avaliados os hemogramas iniciais de um grupo amostral de pacientes sem limites de idade, de ambos os sexos, em investigação para hemoglobinopatia ou com diagnóstico confirmado entre o período de junho de 2019 a junho de 2021. O processamento e banco de dados foram organizados pelo programa Microsoft Office Excel.

Resultados

Foram analisados 60 hemogramas, dentre os quais 56,67% pertencem ao sexo feminino e 43,33% ao sexo masculino. Quanto ao perfil hemoglobínico demostrado posteriormente por meio de eletroforese de hemoglobinas (pH alcalino em fita de acetato de celulose) e HPLC em meio automatizado, pelo equipamento D-10 BIORAD foram observadas 15 variações genotípicas, incluindo as hemoglobinas variantes S e C, além do genótipo normal AA. A presença de quadro anêmico foi constatada em 53 hemogramas, sendo 44 (83,02%) provenientes de pacientes com diagnóstico confirmado de hemoglobinopatia, onde 58,49% das anemias são normocíticas e normocrômicas, enquanto 41,51% são microcíticas e hipocrômicas. As principais alterações qualitativas da série eritrocitária foram: anisocitose (88,68%), poiquilocitose (30,19%) com predomínio de codócitos, drepanócitos, dacriócitos, eliptócitos e esquizócitos, presença de eritroblastos (26,42%), policromasia (16,98%) e presença de cristais de HbC (1,89%). Quanto à série branca, leucocitose está presente em 52,83% dos casos e leucopenia em 1,89%. Na série plaquetária, plaquetose está presente em 45,28% dos casos, e plaquetopenia em 9,44%.

Discussão

Dentre os exames laboratoriais, o hemograma nos fornece informações essenciais para o direcionamento diagnóstico de diversas patologias. Na investigação de hemoglobinopatias, especialmente em pacientes que não tiveram diagnóstico precoce pela triagem neonatal, o hemograma desempenha um papel inicial de confirmação de quadro anêmico e possibilita a observação de sinais indicativos de hemoglobinopatias, como presença e grau de anisocitose, anisocromia, poiquilocitose, inclusões eritrocitárias, policromasia, e presença de eritroblastos, e a partir destes sinaliza a necessidade de uma investigação mais aprofundada com o auxílio de exames complementares.

Conclusão

O hemograma é um exame de grande importância no que se diz respeito tanto ao diagnóstico tardio de hemoglobinopatias, quanto ao acompanhamento de pacientes já diagnosticados. Tendo em vista os aspectos analisados, são observadas com frequência em hemogramas de pacientes portadores de hemoglobinopatias alterações como anemia de gravidade variada, anisocitose, poiquilocitose, leucocitose, plaquetose, presença de eritroblastos, policromasia e presença de cristais de HbC.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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