Objetivos: O trabalho objetiva descrever a importância dos cuidados paliativos em crianças com câncer, visando a melhoria da abordagem clínica desses pacientes. Material e métodos: O trabalho trata-se de uma revisão de literatura acerca dos cuidados paliativos de crianças em tratamento oncológico. Foi utilizada a base de dados PubMed e Medline. A pesquisa abrange os trabalhos publicados entre 2017 e 2020, utilizando como descritores: “Palliative Care”, e “Pediatric Patients”. Resultados: As neoplasias hematológicos apresentam custos comportamentais bastante intensos, em razão do tratamento agressivo e extenso, dos efeitos colaterais da medicação quimioterápica, da repetição de procedimentos invasivos, das alterações na rotina e dinâmica familiar e das incertezas em relação ao sucesso do tratamento. Nesse sentido, os cuidados paliativos têm como base a compreensão de que a morte é um processo natural da vida e buscam reconhecer a importância da integração dos cuidados físicos, espirituais, emocionais e sociais, que irão promover um maior conforto dos pacientes e de suas famílias nas etapas finais da vida do paciente. Na literatura, foi relatado que o fator mais desfavorável à qualidade de vida de crianças e adolescentes é a limitação física provocada pela fadiga, uma vez que pode ser prejudicial na relação e convívio os outros. Em relação aos tratamentos não farmacológicos, a prática de exercícios físicos mostraram-se como as mais eficazes na diminuição desse sintoma específico, além de garantir outros benefícios à saúde, evitar outras comorbidades, elevar a autoestima, a aceitação social e a sensação de bem-estar nas crianças. Discussão: A maioria dos pacientes pediátricos com doenças malignas irá apresentar sintomas que requerem atenção paliativa em algum momento da sua doença. O entendimento das indicações e dos benefícios dos cuidados paliativos é um conhecimento fundamental para os profissionais envolvidos no tratamento desses pacientes. As intervenções em cuidados paliativos devem começar concomitantemente com o cuidado curativo após o diagnóstico e devem continuar durante todo o tratamento. Algumas estratégias são importantes no processo do cuidado paliativo, como evitar procedimentos que não trarão benefícios à criança, possibilitar as visitas mais frequentes, valorizar e promover brincadeiras e momentos de privacidade caso solicitado. Tendo isso em vista, é necessária a formação de uma equipe multidisciplinar que trabalhe com embasamento científico e de forma integrada com família da criança. Apesar de seus benefícios comprovados os cuidados paliativos pediátricos ainda são pouco empregados em muitos hospitais do mundo. Estudo com métodos multidisciplinares realizado no Bugando Medical Center com o objetivo de descrever as barreiras para a implementação desses cuidados revelou quatro principais dificuldades: situação financeira, infra-estrutura e recursos do hospital, barreira de conhecimento e cultura e a comunicação entre profissionais e a família do paciente, que muitas vezes hesitam em falar sobre a morte que podem confundir o tratamento paliativo com o curativo. Conclusão: Dessa forma, cada vez mais esses cuidados são reconhecidos e enaltecidos. Contudo, ainda existem mais desafios que facilidades para a sua implementação. Logo, é importante que haja uma mudança de cenário para que seja possível realizar ações que ajudem a criança a controlar a dor, outros sintomas físicos e cuidar da sua saúde mental.
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