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Vol. 42. Issue S2.
Pages 297-298 (November 2020)
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COMPLICAÇÕES APÓS TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA
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T.F. Souza, D.B. Cunha, C.S.A. Nunes, I.S. Pimenta, J.N. Cunha, A.I.M. Gomes, N.B.D. Santos
Escola de Medicina Souza Marques, Fundação Técnico Educacional Souza Marques, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Objetivos: O presente artigo tem como objetivo estudar e articular as relações entre o transplante clínico de medula óssea e as suas complicações infecciosas e neurológicas, buscando entender como essas consequências podem afetar permanentemente os pacientes que desenvolvem esses problemas a partir dessas situações adversas. Materiais e métodos: O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura acerca do manejo e complicações no paciente após transplante de medula óssea Foi utilizado como critério de inclusão: artigos científicos publicados nas bases de dados SciELO, Google Acadêmico, MEDLINE/PUBMED, com texto disponível em português e inglês e com publicação nos anos de 2019 a 2020, utilizando como descritores: “Bone narrow”, “Transplantation”e “Outcomes”. Resultados: As taxas de sobrevivência a longo prazo em crianças e adolescentes que realizaram transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) aumentaram nos últimos 10 anos e agora se aproximam de 50%. As complicações infecciosas são responsáveis pela maior parte da morbimortalidade após o TCTH. Ademais, a doença aguda do enxerto contra o hospedeiro e o desenvolvimento de diabetes mellitus após o TCTH alogênico, bem como a microangiopatia trombótica também foram relatados. Além disso, a síndrome obstrutiva sinusoidal também representa uma importante complicação do TCTH e com índices de até 13% dos casos. Dentre as complicações neurológicas (CN), a encefalopatia metabólica foi a mais observada em todos os períodos. Outras CN frequentemente observadas foram as hemorragias intracranianas, o acidente vascular cerebral isquêmico, a encefalopatia metabólica, infecção do sistema nervoso central, síndrome da encefalopatia reversa posterior e convulsão. Essas complicações ocorreram em 12,2% dos pacientes no 1° ano, e em 14,5% em 5 anos, refletindo um impacto importante na morbimortalidade pós TCTH. As CNs são mais comuns no período pós-transplante precoce e mais prevalentes em pacientes após o TCTH alogênico em caso de malignidade hematológicas, as incidências cumulativas de CNs em 1 ano foram de 15,6%, e em 5 anos de 19,2%. Discussão: O TCTH é um tratamento para neoplasias hematológicas, deficiências imunológicas ou doenças genéticas que tem apresentado melhores resultados nos últimos anos. O aumento das taxas de sobrevida parecem ter relação com o uso de biomarcadores como alvos terapêuticos. Somado a isso, podem ser úteis para diagnóstico, prognóstico e avaliação de resposta ao tratamento. Apesar do potencial de tratamento definitivo para inúmeros pacientes imunodeficientes, o TCTH, mesmo quando realizado na presença de indicação, ainda apresenta altas taxas de morbidade e mortalidade devido a complicações. Diante disso, as principais complicações são infecciosas e neurológicas. A doença aguda do enxerto contra o hospedeiro, síndrome obstrutiva sinusoidal, microangiopatia trombótica e o desenvolvimento de diabetes mellitus são outras doenças observadas pós TCTH. Conclusão: Com isso, o desenvolvimento do presente estudo permitiu correlacionar o TCTH com as eventuais complicações ocasionadas nesse procedimento. Identificou-se que as infecções são responsáveis pela maior parte do óbito pós-transplante, contudo, a doença aguda do enxerto contra o hospedeiro, a síndrome obstrutiva sinusoidal, a diabetes mellitus, a microangiopatia trombótica e os distúrbios neurológicos são outras complicações também desencadeadas após a realização desse procedimento.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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