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Vol. 44. Issue S2.
Pages S321 (October 2022)
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A IMPORTANCIA DA OTIMIZAÇÃO E MONITORAMENTO CONTÍNUO NA EFICÁCIA DE COLETA DE STEM CELL
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M Valvasori, LFF Dalmazzo, CG Andrade, TF Almeida, SD Vieira
Grupo Gestor de Serviços de Hemoterapia (Grupo GSH), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Introdução

Células progenitoras hematopoiéticas mobilizadas no sangue periférico (CPH-SP) tornaram-se a fonte preferencial para transplantes. Alguns fatores considerados preditivos para o início da coleta incluem a contagem de leucócitos, células mononucleares, plaquetas e células CD34+ no sangue periférico. A contagem de células CD34+ no sangue periférico no primeiro dia de coleta ≥10 a 20 × 103/mL é o marcador indireto mais utilizado para iniciar a coleta de CPH-SP e, sabe-se que, até 40% desses pacientes não conseguem atingir a dose de 2 × 106 CD34+ células/kg em uma única coleta, sendo chamados de “mau mobilizadores”. Vários estudos tentam identificar o que poderia afetar as coletas, mas até o momento não há fatores específicos que identifiquem esses pacientes.

Objetivo

Relatar as estratégias de otimização para melhoria na eficiência de coleta de CPH-SP no Grupo GSH.

Materiais e Métodos

Análise da eficiência de coleta de CPH-SP realizadas em serviço especializado no período de 1 ano. Em todos os procedimentos foi utilizado o equipamento Spectra Optia®, que nos permite acesso às telas dos procedimentos e, através dessa ferramenta, observamos diferentes condutas dentro da equipe.

Resultado

A equipe vem realizando um trabalho contínuo de monitoramento dos procedimentos e, desde então, teve um aumento na média de eficácia de 40% para 60% considerado acima do preconizado pelo equipamento (40-50%). Um ponto de controle foi manter o balanço hídrico (BH) do paciente no limite tolerável, ainda que positivo, processando menos volemias ou coletando volumes de plasma, quando aplicável, caso a caso. Isso é importante, pois além de corrigirmos para que o BH não fique positivo além do limite seguro, conseguimos diminuir o tempo de coleta, trazendo benefícios para o paciente. Fatores como peso e contagem de plaquetas influenciam no volume de anticoagulante infundidos. O resultado do CD34+ periférico coletado no dia do procedimento e liberado em tempo favorece uma melhor operação do equipamento, podendo ajudar nas manobras de sangue processado e tempo, e Hb/Ht atuais ajudam o operador no encontro da linha de preferência, e essa por sua vez, o encontro da camada leucoplaquetária e a coleta no local exato da cinta na centrífuga.

Discussão

Existem inúmeros fatores que podem alterar o volume de células coletadas (diagnóstico, idade, sexo, comorbidades, tipo de mobilização), sendo o propósito desse trabalho não levar em conta tantos eventos multifatoriais, mas sim mostrar como podemos otimizar os procedimentos com algumas manobras técnicas simples.

Conclusão

Embora a contagem de células CD34+ no sangue periférico seja o fator mais importante associado ao rendimento de CPH-SP descrito em literatura, observamos que, o tipo de equipamento utilizado cada vez com mais tecnologia e o aprimoramento cada vez maior no manuseio dos recursos oferecidos atualmente, podem influenciar diretamente no rendimento das coletas. Entretanto, encontramos fatores variados que fogem a qualquer ajuste ou manobra que possa ser realizado e a necessidade de uma nova coleta se faz necessário. Reforçamos, também, que o trabalho de monitoramento contínuo e discussão de todos os procedimentos realizados trouxeram ao nosso Grupo um aprendizado diário e vem melhorando cada vez mais nosso percentual de eficácia.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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