Journal Information
Vol. 44. Issue S2.
Pages S475-S476 (October 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 44. Issue S2.
Pages S475-S476 (October 2022)
Open Access
FREQUÊNCIA DE DOADORES DE PLAQUETA POR AFÉRESE CONSIDERADOS PERIGOSOS NO BANCO DE SANGUE DE SÃO PAULO
Visits
474
CG Andrade, EP Araujo, M Valvasori, LFF Dalmazzo, SD Vieira
Grupo GSH, São Paulo, SP, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 44. Issue S2
More info
Introdução

No ano de 1900 Karl Landsteiner descobriu o sistema de grupos sanguíneos ABO. Estes antígenos eritrocitários apresentam grande importância dentro da prática transfusional, pois sabe-se que uma transfusão sanguínea ABO incompatível pode ocasionar sérios danos ao paciente. Visto que o indivíduo de grupo O contêm em seu soro/plasma anticorpos anti-A e anti-B, se o título de hemolisinas for maior que 1/164 pode desencadear uma reação transfusional, pois hemolisinas são da classe IgG se ativam a 37°C e se ligam ao sistema complemento desencadeando hemólise intravascular e/ou extravascular de anticorpos naturais anti-A e anti-B, em amostras de plaquetas por aférese.

Objetivo

Identificar a frequência de altos títulos de anticorpos naturais séricos nas amostras de doadores por aférese no período de abril de 2020 a junho de 2022 utilizando técnica de titulação seriada. A titulação de anticorpos naturais séricos é um teste simples e de baixo custo financeiro que pode ser executado na rotina laboratorial e possibilita distinguir títulos de anticorpos naturais anti-A e anti-B entre sendo altos ou baixos títulos.

Materiais e métodos

: Foram analisadas 3.977 amostras de doadores de plaquetas por aférese do grupo sanguíneo O. As amostras foram processadas no equipamento automatizado NEO IMMUCOR GAMMA, utilizado programação definida para titulação de A1 IgM e B IgM (metodologia em microplaca). Para as amostras que apresentaram títulos superiores a 1/64, foi utilizada outra metodologia (tubo) com hemácias comerciais RA1 e RB da BioRad para as titulações seriada de 1/1 até 1/4000. Em todas as amostras foram realizados a pesquisa de hemolisina foi baseada na técnica de hemaglutinação em tubo adicionado 100μl do soro do indivíduo O em dois tubos de ensaios, e adicionou-se hemácia A no primeiro tubo de ensaio e hemácia B no segundo tubo de ensaio, posteriormente os tubos foram para a banho maria em uma temperatura de 37°C por 45 minutos, em seguida foi realizado a centrifugação a 3.400 rpm por 15 segundos, e realizado a avaliação macroscópica de aglutinação ou hemólise.

Resultados

Das 3.977 amostras testadas, 3.442 (86%) apresentaram títulos baixos de anti-A e Anti-B, e 535 (14%) amostras apresentaram altos títulos de Anti-A, Anti-B ou ambos. Das amostras com alto título, foram 268 de anti-A, 103 para anti-B e 164 estavam com altos títulos tanto para anti-A quanto para anti-B, nas duas metodologias (tubo/microplaca). Foram considerados perigosos doadores com título acima de 1/128.

Discussão

Os títulos de anti-A se apresentaram como os títulos mais altos em relação os títulos de anti-B. Quando comparado nas amostras com ambos os títulos altos, anti-A continua o mais prevalente, sendo assim considerados o mais perigoso, podendo causar reação transfusional de moderada a grave.

Conclusão

As unidades de aférese com títulos altos e testes de hemolisina positivo, que foram obtidas por meio de doações, ficam disponibilizadas apenas para receptores O ou ABO idêntico. O presente estudo corrobora com os dados literários que demonstram o quanto é necessário realizar o monitoramento de doadores sanguíneos, para a identificação dos doadores “O”perigosos, evitando assim, a ocorrência de reações transfusionais mais graves.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools