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Vol. 43. Issue S1.
Pages S433-S434 (October 2021)
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CITOMETRIA DE FLUXO
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A CITOMETRIA DE FLUXO COMO FERRAMENTA DE ALTA SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE NO DIAGNÓSTICO DE LINFOMA DE HODGKIN EM LINFONODO - RELATO DE CASO
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L Bojko, F Fava, JM Guimarães, MM Kozonoe, TKD Ostroski, SO Ioshii, JSH Farias, MEB Abreu, G Campos, MP Beltrame
Hospital Erasto Gaertner, Curitiba, PR, Brasil
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Vol. 43. Issue S1
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Introdução

O Linfoma de Hodgkin é uma neoplasia linfoide monoclonal derivada na maioria dos casos das células B, composta por células de Hodgkin mononucleares e Hodgkin Reed-Sternberg (HRS) multinucleadas presentes em infiltrados contendo uma mistura variável de pequenos linfócitos não neoplásicos, eosinófilos, neutrófilos, histiócitos, células plasmáticas, fibroblastos e fibras de colágeno. Pode ser dividida em quatro subtipos histológicos: esclerose nodular, celularidade mista, rico em linfócitos e depleção linfocitária, sendo a esclerose nodular o subtipo mais frequente.Ocorre principalmente em adultos jovens. O padrão ouro para o diagnóstico é anatomia patológica e imunohistoquímica da biópsia do linfonodo. No entanto, a citometria de fluxo multiparamétrica de alta sensibilidade é uma ferramenta diagnóstica importante que permite uma avaliação rápida da expressão do antígeno celular para fornecer rapidamente informações imunofenotípicas adequadas para detecção da neoplasia.

Objetivo

Apresentar um relato de caso de Linfoma de Hodgkin subtipo esclerose nodular diagnosticado a partir de biópsia de linfonodo. Relato  de caso: Paciente masculino, 30 anos, procurou serviço de oncologia referindo linfonodomegalia cervical há aproximadamente 1 ano, com acentuada progressão nos últimos 2 meses e dor em região de ouvido esquerdo. Queixava-se de prurido difuso, perda ponderal de 20 kg, sudorese noturna e febre eventual. O exame físico mostrou conglomerado linfonodal bilateral medindo aproximadamente 10 cm, além de múltiplas pápulas e lesões de escoriação decorrente do prurido. Dois dias após a consulta, internou para realizar exames de imagem, laboratoriais e biópsia de linfonodo. Apresentava discreta anemia, leucócitos e plaquetas normais, LDH aumentada, função hepática e renal normais. A tomografia evidenciou linfonodomegalias mediastinais e cervicais bilaterais. A imunofenotipagem da biópsia de linfonodo mostrou 0,33% de células anormais de tamanho e complexidade muito altos, com forte expressão para os antígenos de membrana CD3, CD15, CD30, CD40, CD45, CD95 e fraca expressão de CD20. Relação de linfócitos CD4/CD8=6,6. A imunohistoquímica mostrou células atípicas com positividade para CD15, CD30, PAX5 (fraco), Ki67 (40%) e negatividade para EBV. Os resultados apresentaram quadro histológico e perfil imunofenotípico compatíveis com Linfoma de Hodgkin, subtipo esclerose nodular. Após a realização dos exames o paciente foi encaminhado para o serviço de hematologia, onde recebeu o diagnóstico e foi orientado sobre o prognóstico e importância do tratamento. Realizou exames complementares e de estadiamento; sorologias negativas (HIV, hepatite B e C, dentre outras); PET evidenciou linfonodos supra e infradiafragmáticos compatível com neoplasia linfoproliferativa. Na sequência o paciente iniciou o primeiro ciclo de quimioterapia (protocolo ABVD). Retornou para consulta após 25 dias referindo melhora significativa e boa tolerância ao tratamento, sem sintomas B e demais queixas. Recebeu prescrição de dois novos ciclos de quimioterapia e segue em acompanhamento.

Conclusão

A imunofenotipagem por citometria de fluxo é uma ferramenta importante que permite diagnóstico rápido e consistente no diagnóstico do Linfoma de Hodgkin. A associação da citometria de fluxo com a análise morfológica e a imunohistoquímica permitiu a conclusão do relato de caso em amostra de biópsia de linfonodo.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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