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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 94
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VIDAS QUE NASCEM: ACOLHIMENTO E COMPARTILHAMENTO DE EXPERIÊNCIAS COM GESTANTES E PUÉRPERAS COM DOENÇA FALCIFORME
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AOR Sacramento, ND Silva, ROP Silva, DS Zoauin, JCC Bastista, AP Sousa, LLOM Campos, DR Brito
HEMOMINAS, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A gestação em mulheres com doença falciforme (DF) apresenta desafios específicos que impactam tanto a saúde física quanto emocional. O acompanhamento multiprofissional e o suporte psicossocial são fundamentais para fortalecer vínculos, promover o autocuidado e favorecer uma vivência mais segura da maternidade. Diante disso, a realização de grupos educativos e reflexivos pode contribuir para o acolhimento e o empoderamento dessas mulheres.

Descrição do caso

Trata-se de uma intervenção psicossocial em formato de roda de conversa, conduzida por psicólogas, assistentes sociais e médicas do ambulatório da Fundação Hemominas – Belo Horizonte. A iniciativa teve como objetivos acolher gestantes e puérperas com doença falciforme, promover a criação de vínculos com a equipe multiprofissional, favorecer o compartilhamento de vivências, oferecer orientações sobre o tratamento e estimular reflexões sobre expectativas, sentimentos e os desafios relacionados à experiência da maternidade. A seleção das participantes foi realizada a partir de um levantamento prévio das gestantes e puérperas em acompanhamento, com convites feitos por contato telefônico. A atividade foi estruturada em cinco momentos: (1) apresentação das participantes por meio da dinâmica “Minha Jornada Começa Assim”, estimulando o compartilhamento de experiências relacionadas à gestação e maternidade; (2) exibição de vídeo educativo sobre gravidez na doença falciforme, seguida de espaço para esclarecimento de dúvidas; (3) roda de conversa orientada por perguntas norteadoras, abordando vivências com a doença, tratamento, sentimentos, expectativas e desafios na maternidade; (4) dinâmica “Na Minha Mala de Mãe”, em que as participantes registraram, em cartões, sentimentos e aprendizados que desejavam levar para a jornada da maternidade, com compartilhamento voluntário; e (5) encerramento com lanche coletivo, promovendo integração e acolhimento. Foram identificadas 20 gestantes/puérperas: 7 confirmaram presença, 2 ficaram de confirmar, 2 informaram impossibilidade de comparecimento e, com as 7 restantes, não foi possível estabelecer contato. No dia da atividade, compareceram 4 pacientes e 1 acompanhante – sendo 1 gestante e 3 puérperas acompanhadas de seus bebês. O encontro proporcionou espaço de fala e escuta, promovendo acolhimento e fortalecimento dos vínculos entre as participantes e com a equipe. Foram abordadas questões como o desencorajamento, por parte de alguns profissionais de saúde, para engravidar e a ausência de rede de apoio no enfrentamento da maternidade. A dinâmica da mala mostrou-se especialmente potente para expressão simbólica e valorização das histórias individuais.

Conclusão

Rodas de conversa e ações educativas voltadas a gestantes e puérperas com DF contribuem significativamente para a humanização do cuidado, o fortalecimento da adesão ao tratamento e a melhora da saúde emocional. O grupo mostrou-se uma estratégia viável e eficaz no cuidado integral à gestante com DF, promovendo empoderamento, suporte social e acolhimento. Iniciativas como esta devem ser incentivadas nos Centros de Tratamento que atendem esse público, como forma de ampliar a escuta qualificada e o cuidado integral.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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