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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 1701
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USO DE FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA MONITORAMENTO DA SEGURANÇA TRANSFUSIONAL EM CIRURGIAS ELETIVAS
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VLR Pessôa, BS Monteiro
Grupo Gestor de Hemoterapia ‒ Grupo GSH, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A segurança transfusional em cirurgias eletivas depende de processos bem estruturados e do cumprimento de requisitos legais, como o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A ausência desse documento compromete a segurança do paciente e a conformidade legal. Nesse contexto, ferramentas de qualidade, como o ciclo PDSA (Planejar, Executar, Estudar, Agir), apresentam-se como estratégia eficaz para monitorar e melhorar a adesão ao TCLE, promovendo práticas seguras e padronizadas.

Objetivos

Descrever o uso do ciclo PDSA para monitorar e otimizar a adesão ao TCLE em reservas de hemocomponentes para cirurgias eletivas, com foco na segurança transfusional.m reservas de hemocomponentes para cirurgias eletivas, com foco na segurança transfusional.

Material e métodos

O estudo foi conduzido em um hospital privado de alta complexidade, aplicando o ciclo PDSA para melhorar a adesão ao TCLE. Inicialmente, identificou-se que 80% dos termos não eram assinados pela equipe cirúrgica, estabelecendo-se a meta de atingir pelo menos 50% de adesão. Na fase de execução, implantou-se monitoramento diário por meio de planilha unificada, com conferência de prontuários físicos e eletrônicos e contato direto com o centro cirúrgico e equipes do pré-operatório. Os resultados foram avaliados mensalmente e apresentados ao corpo clínico por meio de feedback estruturado, reforçando a importância da documentação. Por fim, as ações efetivas foram padronizadas e incorporadas à rotina hospitalar, com reuniões periódicas e participação contínua da equipe multidisciplinar para garantir a manutenção dos resultados.

Resultados

Antes da intervenção, a taxa de assinatura do TCLE era instável e inferior à meta. Com a implementação do ciclo PDSA, observou-se evolução progressiva. O monitoramento diário pela agência transfusional e a conferência dos prontuários permitiram corrigir pendências antes dos procedimentos. As reuniões do comitê transfusional engajaram o corpo clínico, reforçando a importância do TCLE para a segurança transfusional. Em janeiro de 2025, a taxa de adesão atingiu 49%, representando aumento expressivo em relação ao período pré-intervenção e aproximando-se da meta.

Discussão

O acompanhamento diário pela equipe transfusional foi decisivo para identificar falhas e regularizar pendências, potencializado pela digitalização dos documentos. Os anestesistas desempenharam papel central na abordagem pré-operatória, apresentando e assinando o TCLE com os pacientes, o que contribuiu diretamente para os resultados. O uso da planilha de monitoramento consolidou dados confiáveis e serviu de base para ajustes contínuos.

Conclusão

A aplicação do ciclo PDSA, associada ao monitoramento contínuo e ao engajamento da equipe multidisciplinar, resultou em melhora expressiva da adesão ao TCLE em cirurgias eletivas, aproximando-se da meta definida. O acompanhamento sistemático e o feedback constante foram fundamentais para fortalecer a segurança transfusional e otimizar o fluxo pré- operatório.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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