Os processos na hemoterapia envolvem etapas críticas e seus atributos exigem altos padrões de segurança, eficácia e eficiência. Qualquer falha pode impactar o paciente ou doador, sendo fundamental o uso de ferramentas de Qualidade, como o ciclo de melhoria, para garantir a excelência desses serviços.

O objetivo é analisar os benefícios da aplicação do ciclo de melhoria nos processos realizados nas Agências Transfusionais e Bancos de Sangue. O time da Gestão Integrada da Qualidade do GSH, é responsável por gerenciar a ferramenta da seguinte forma, inicialmente é ofertado treinamento aos gestores que não sabem utilizar a ferramenta ou ainda não compreendem a importância dela. Os gestores das áreas são orientados ao longo dos meses a registrar as não conformidades do seu processo, pois será um item relevante para contextualizar e fortalecer a elaboração do ciclo de melhoria, visto que é necessário inserir evidências do cenário antes e depois da implantação do ciclo, e para o estabelecimento de ações, fortalecendo as barreiras gerenciadas através do FMEA (Failure Mode and Effects Analysis) dos processos.

Realizado o levantamento de todos os ciclos de melhoria desenvolvidos ao logo dos últimos 2 anos. O Ciclo foi adaptado no Word da seguinte forma: Cenário 1: antes do ciclo iniciar; Planejar: como, quando e porque fazer; Fazer: ações a serem realizadas; Estudo: avaliar os planos e previsões originais e identificar o que poderia ter feito melhor e outras melhorias; Agir e Verificar: ações a serem seguidas no ciclo de melhoria e relatar as ações que não serão levadas adiante; Cenário 2: o que de fato demostra o resultado na aplicação desse ciclo. A análise incluiu levantamento de dados dos ciclos de melhorias desenvolvido no GSH, que apresentaram dados comparativos antes e após a sua implantação e resultados favoráveis.

Os ciclos no GSH têm duração de 6 meses a 1 ano. O levantamento de dados revela que a aplicação do ciclo PDSA (Plan-Do-Study-Act), hoje em 80% das nossas unidades em todo Brasil, resultou em melhorias significativas nos processos hemoterápicos. Podemos demonstrar que nos últimos anos houve um aumento na elaboração dos ciclos de melhorias, além de garantir ações corretivas locais e estas sendo convertidas em preventivas institucionalizadas.

Podemos perceber que o ciclo de melhoria é uma ferramenta estratégica para os gestores, pois através dela muitas ações são implantadas no âmbito interno e até mesmo junto aos nossos clientes Hospitais. A aplicação do ciclo de melhoria nos processos hemoterápicos demonstrou benefícios. Houve redução de falhas nos processos, redução de retrabalho, melhoria na rastreabilidade, diminuição de intercorrências, estabelecimento de novos protocolos, fortalecimento na interação com nossos clientes e otimização dos recursos e como consequência a redução no desperdício. Além disso, a padronização dos processos e o monitoramento contínuo contribuíram para uma cultura de segurança mais sólida garantindo uma assistência mais eficaz aos pacientes e doadores. Dessa forma, o ciclo PDSA se consolida como uma ferramenta essencial para a gestão da qualidade no serviço de hemoterapia no Grupo GSH.