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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 2216
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USO DA CITOMETRIA DE FLUXO NO DIAGNÓSTICO DE LEUCEMIAS
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35
TBM Silva
Pulsa Goiás, Goiânia, GO, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A citometria de fluxo (CMF) é uma técnica multiparamétrica que utiliza laser óptico para analisar características de células em suspensão, como morfologia, tamanho, complexidade e expressão de antígenos de superfície. Na hematologia, a CMF é fundamental para o diagnóstico, classificação, prognóstico e monitoramento de leucemias, permitindo a identificação de subtipos específicos, como leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfoide aguda (LLA) e leucemia linfoide crônica (LLC). A imunofenotipagem por CMF detecta marcadores celulares, orientando a terapêutica e a detecção de recidivas, contribuindo para melhores desfechos clínicos.

Objetivos

Revisar a literatura para avaliar o papel da citometria de fluxo no diagnóstico, classificação e monitoramento de leucemias, destacando sua relevância na prática clínica hematológica.

Material e métodos

Foi realizada uma revisão bibliográfica de artigos publicados entre 1997 e 2023, em português, inglês e espanhol, nas bases Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico. Os descritores utilizados foram “leucemias”, “citometria de fluxo” e “imunofenotipagem”. Foram selecionados artigos que abordavam o uso da CMF no diagnóstico, classificação e monitoramento de leucemias. A análise foi qualitativa e quantitativa, organizando as informações para identificar o papel da técnica no manejo clínico.

Resultados

A CMF analisa até 10^6 células por minuto, medindo dispersão de luz e fluorescência de anticorpos monoclonais marcados com fluorocromos. Seus cinco sistemas (fluido, óptico, eletrônico, amplificação e computacional) garantem alta precisão na separação, contagem e caracterização celular. A imunofenotipagem identifica marcadores específicos, como CD33, CD13 e CD117 para LMA, CD19, CD22 e CD79a para LLA-B, e CD3 e CD7 para LLA-T, permitindo a diferenciação de subtipos leucêmicos. A técnica é crucial para casos como LMA-M0 e LMA megacariocítica, identificada por marcadores como CD41 e CD61, que desafiam métodos citoquímicos convencionais.

Discussão e conclusão

A CMF é superior a métodos tradicionais por detectar alterações sutis nas células sanguíneas, especialmente em leucemias indiferenciadas e anemia hemolítica. Avanços recentes, como o uso de múltiplos fluorocromos e softwares especializados, aumentaram sua sensibilidade, possibilitando a análise de pequenas populações celulares e a identificação de antígenos aberrantes. A técnica monitora a resposta terapêutica e detecta doença residual mínima, permitindo ajustes no tratamento. Na hematopoiese, erros que levam à proliferação descontrolada de leucócitos são identificados pela CMF, contribuindo para o diagnóstico diferencial e o planejamento terapêutico. A capacidade de detectar leucemias bifenotípicas e avaliar clonalidade reforça sua relevância clínica. A citometria de fluxo é indispensável no diagnóstico e manejo de leucemias, oferecendo alta sensibilidade e especificidade na identificação de subtipos leucêmicos. A imunofenotipagem permite classificação precisa, monitoramento terapêutico e detecção de recidivas, contribuindo para terapias individualizadas. Avanços tecnológicos reforçam sua importância na hematologia, promovendo melhores prognósticos e qualidade de vida para os pacientes.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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