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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 2517
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TUMOR OVARIANO EM PACIENTE COM DIAGNÓSTICO PRÉVIO DE LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA: RECIDIVA EXTRAMEDULAR?
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RMB Costa, MCdC Borborema, ÉF Azevedo, PJ Monteiro, MM Lins
Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Recife, PE, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A leucemia mieloide aguda (LMA) corresponde a aproximadamente 20% das leucemias pediátricas e apresenta, na maioria dos casos, evolução agressiva, exigindo tratamento intensivo. As de taxas de sobrevida são em torno de 60% em centros especializados. Recidivas extramedulares ocorrem em cerca de 3-5% dos casos, com prognóstico reservado. O acometimento ovariano é extremamente raro, com poucos relatos na literatura. Em pacientes com antecedente de LMA, massas ovarianas levantam alta suspeita de recidiva, embora diagnósticos diferenciais, como tumores germinativos, devam ser considerados.

Descrição do caso

Paciente feminina, 14 anos, diagnosticada com LMA subtipo M0, com leucometria inicial de 175.000/mm3, imunofenotipagem compatível, biologia molecular negativa. Iniciou quimioterapia segundo protocolo GELMAI, em doses reduzidas, devido às condições clínicas. Após dois ciclos de indução e um de consolidação, evoluiu com choque séptico, insuficiência renal e cardiotoxicidade, levando à interrupção definitiva do tratamento. Na ocasião, estava em remissão completa, sem doença residual mínima detectável. Dez meses após a suspensão, apresentou dor abdominal intensa e vômitos. Ao exame físico, palpava-se massa em fossa ilíaca direita. Tomografia evidenciou lesão pélvica compatível com tumor ovariano direito. Foi submetida à laparotomia, com ressecção completa da massa, sem intercorrências. O anatomopatológico confirmou teratoma maduro de ovário direito. No seguimento, mantém-se sem sinais clínicos ou laboratoriais de recidiva da LMA.

Conclusão

A recidiva extramedular ovariana da LMA é evento raro e geralmente associada a mau prognóstico. O caso descrito é particular por ocorrer em paciente parcialmente tratada para LMA e cujo diagnóstico final foi de teratoma maduro, neoplasia benigna mais comum em adolescentes. O achado reforça a necessidade de investigação criteriosa de massas ovarianas em pacientes com antecedente de LMA, incluindo abordagem multidisciplinar e confirmação histopatológica, evitando tratamentos oncológicos desnecessários e possibilitando intervenções curativas. Além disso, destaca-se a importância do seguimento prolongado desses pacientes, sobretudo quando o tratamento foi interrompido precocemente.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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