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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 2664
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SARCOMA GRANULOCÍTICO COM DIFERENCIAÇÃO ERITROIDE
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FDO Morais, ML Buka, L Rissi, RGC Goiato, CE Katayama, DDS Leme, CES Marçal, AF Pedrão, HL Neto, ABGFD Mattos, MIGD Silva, A Gaidukas, LGR Dadamos, LB Zerlotti, GPS Mota, MFG Severino
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), São José do Rio Preto, SP, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O sarcoma granulocítico é um raro tumor sólido extramedular, constituído por células precursoras de granulócitos, que pode acometer qualquer parte do corpo, sendo os sítios mais comuns: ossos, pele, sistema nervoso central e linfonodos. É geralmente associado a Leucemia Mieloide Aguda (LMA), entre 3 a 8% dos casos, e pode proceder tal diagnóstico. É raramente associado a policitemia vera, mielofibrose e síndrome mielodisplásicas. O quadro clínico é variável e depende da localização do processo tumoral. Dor é o sintoma mais frequentemente relatado e sua associação com outros sinais neurológicos focais deve sempre levar a investigação por imagem na concomitância de alterações hematológicas. O perfil imunofenótipo apresenta marcadores mieloides – raramente sendo encontrado marcadores eritroides (como o CD36, CD71 e CD105). Os diagnósticos diferenciais do SG são neoplasias primárias, especialmente meningeomas, Linfomas não-Hodgkin, Linfomas de Burkitt e Linfomas de Grandes Células B. O SG tem como principais modalidades terapêuticas a quimio e radioterapia. O tratamento cirúrgico é adjuvante, sendo recomendado em situações onde o efeito de massa tumoral determina déficit neurológico ou impotência funcional.

Descrição do caso

Sexo feminino, 53 anos, portadora de artrite reumatoide e psoríase. Iniciou em novembro de 2024 com dor lombar, perda de força e sensibilidade em membros inferiores, associado a retenção urinária e fecal. Ressonância de coluna mostrou material sólido identificado na coluna cervical, torácica e lombar, entre C6-S1. Líquor evidenciou dissociação proteíno-citológica. Paciente evoluiu com pancitopenia em dezembro de 2024. Realizado biópsia de massa em região de coluna e abordagem medular para investigação. Mielograma revelou 64% de células de tamanho intermediário, citoplasma basofílico e núcleo com cromatina intermediária. Imunofenotipagem com 14,2% de células mieloides imaturas anômalas que coexpressava CD33/CD117 em associação aos antígenos eritroides CD36/CD71. Paciente evoluiu com diversos episódios infecciosos, com necessidade de UTI, evolui a óbito. Imunohistoquímica de massa biopsiada evidenciou, após óbito da paciente, tratar-se de sarcoma granulocítico (SG), com marcadores positivos para CD3, CD20, mieloperoxidase, CD68 e CD117.

Conclusão

Esse relato descreve o diagnóstico de sarcoma granulocítico com diferenciação eritroide visualizado em imunofenotipagem através da expressão de CD36 e CD71, sendo uma entidade clínica rara. Seu diagnóstico é difícil, com necessidade de biópsia, suspeição clínica e um bom serviço de patologia.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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