Compartilhar
Informação da revista
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 1585
Acesso de texto completo
RENDIMENTO EFETIVO DA COLETA DE MEDULA ÓSSEA, ESTIMANDO A PERDA DURANTE O PROCESSO DE FILTRAÇÃO, NO HOSPITAL BP
Visitas
16
GMB Leal, DC Benini, LP Fernandes, RP Battaglini, IHF De Paula
Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

Mais dados
Introdução

A coleta de células progenitoras obtidas diretamente da medula óssea é um procedimento realizado em centro cirúrgico, sob anestesia geral, com diversas punções da crista ilíaca. O procedimento dura cerca de 90 minutos e a medula óssea do doador se recompõe em aproximadamente 15 dias. Para maior segurança, ao final do procedimento a medula coletada é filtrada utilizando dois filtros de 500 e 200 mícrons, para remoção de partículas óssea, gorduras e coágulos, porém a filtração tem impacto na perda de células, pois o filtro também retém uma parte dos leucócitos, impactando no desfecho do produto final.

Objetivos

Avaliação da filtração da medula óssea em relação a perda celular durante a filtração do produto ao final da coleta e também controle microbiológico, devido a manipulação.

Material e métodos

O estudo foi realizado entre março e junho de 2024 em um total de 16 coletas de células progenitoras coletadas diretamente da medula óssea. Foram realizadas contagens de leucócitos/mm3 em várias etapas do processo. Foi considerado L1: leucócitos/mm3 de uma amostra coletada no meio do procedimento, para projeção do quanto a mais de volume deveria ser coletado para um transplante; L2: leucometria/mm3 no final do procedimento, pré filtração; L3: leucócitos/mm3 do produto coletado após a filtração. As análises foram realizadas em contador hematológico. Amostras em sistema fechado foram coletadas para culturas microbiológicas anaeróbicas, aeróbicas e para fungos.

Resultados

A média da contagem de leucócitos no meio do procedimento (L1) foi de 31.197 células/mm3; ao final do procedimento, pré filtração, foi de 28.124 células/mm3, a contagem pós filtração, de 26.288 células/mm3. Houve uma perda de 6,52% entre os resultados pré e pós filtração. A média do volume coletado de medula foi de 1.010 mL (371 mL – 1.646 mL). Não houve crescimento microbiológico nas 16 medulas coletadas neste período.

Discussão e conclusão

A análise demonstrou uma perda leucocitária de 6,52%, do produto coletado após a filtração. Paralelamente a isso foi observado uma diferença leucocitária pós filtração entre a contagem realizada pelo contador hematológico (L3), e o citômetro de fluxo (L4), quando se realiza a quantificação de células CD34+ em equipamento que utiliza plataforma única, ou seja, que contém “beads” de contagem de leucócitos. Na metodologia pelo citômetro não é quantificado eritroblasto, levando a uma diferença de contagem de leucócitos pós filtração de 27,4% entre o contador hematológico e o citômetro. O valor da leucometria pelo citômetro, pós filtração (L4) foi de 19.068 células/mm3. Compreender a porcentagem de perda permite ao médico planejar o volume coletado de medula óssea de forma mais eficaz, compensando a perda esperada de 6,52% com a filtração do produto ou mesmo outras diferenças quando se utiliza outras metodologias na citometria de fluxo, garantindo que a dose celular adequada seja obtida para o transplante do paciente

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas