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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 3290
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RESULTADOS E DESAFIOS NO PRIMEIRO ANO DE UM CENTRO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA NO NORDESTE DO BRASIL
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MV Carvalho Rodrigues Gonçalves, SR Simões, VC Santos, STA Accioly, FG Valente, LO das Neves, ALA Santos
Hospital Santa Isabel, Salvador, BA, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A implantação de um serviço de transplante de medula óssea (TMO) vai além da adequação da estrutura física, exigindo uma gestão integrada que promova qualidade, segurança e capacitação contínua da equipe. Este serviço é essencial no tratamento de doenças hematológicas graves, cujas chances de cura dependem diretamente da excelência da assistência prestada. Nesse contexto, o presente estudo foca nas estratégias adotadas para superar os desafios inerentes ao processo de implantação e garantir a sustentabilidade e perenidade do serviço. Tem como objetivo Analisar o desempenho e processo de implantação de um serviço de TMO em um hospital filantrópico de grande porte.

Relato de caso

Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado em um hospital filantrópico de grande porte, em Salvador, Bahia. baseado na análise prospectiva das ações de gestão realizadas desde o início do projeto, incluindo a integração multidisciplinar, desenvolvimento de protocolos, treinamento da equipe e adequação da infraestrutura. Foram realizadas 40 sessões de capacitação com metodologias ativas para equipe multidisciplinar, alinhadas a reuniões mensais entre os setores envolvidos visando o monitoramento dos avanços e a realização de ajustes necessários. Durante o processo de implantação do serviço, quatro pilares principais sustentaram as ações realizadas. Em primeiro lugar, a gestão integrada e a multidisciplinaridade mostraram-se fundamentais para o sucesso, com a criação de canais de comunicação regulares e o envolvimento direto da liderança hospitalar, o que possibilitou o alinhamento dos objetivos e a resolução rápida de entraves. A capacitação contínua da equipe também foi um fator-chave, tendo sido realizados treinamentos específicos focados no atendimento seguro e na aplicação de protocolos adaptados ao perfil dos pacientes transplantados, fortalecendo a cultura de segurança do paciente no ambiente hospitalar. Apesar dos desafios físicos e operacionais, especialmente a demora na finalização da estrutura física necessária, o planejamento detalhado e o engajamento da equipe contribuíram para minimizar os impactos negativos, garantindo a inauguração do serviço com alta qualidade assistencial. Além disso, os resultados clínicos alcançados nos primeiros meses de funcionamento foram promissores, com a realização de 19 transplantes autólogos em um ano de funcionamento com uma taxa de pega medular de 100%, evidenciando a eficácia do modelo implantado e a qualidade do atendimento prestado.

Conclusão

A excelência na implantação do serviço de TMO depende tanto da infraestrutura adequada quanto das estratégias de gestão, capacitação contínua e comunicação eficiente entre as equipes. O investimento em formação, padronização de processos e liderança comprometida foi decisivo para alcançar resultados clínicos superiores aos padrões nacionais, além de ampliar o acesso regional a terapias avançadas. O serviço está preparado para evoluir, ampliando o volume e a complexidade dos transplantes. Os desafios futuros incluem a consolidação da rotina assistencial, ampliação das modalidades de transplante e fortalecimento da capacitação técnica, visando à expansão da oferta e melhoria contínua da qualidade do serviço.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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