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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 1239
Acesso de texto completo
RELAÇÃO ENTRE DOENÇA RESIDUAL MÍNIMA E DESFECHO CLÍNICO EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM LEUCEMIAS AGUDAS
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MEFd Santosa, LL Soaresa, JVTd Souzaa, CGS Pereiraa, RV Borbaa, MdJ Oliveiraa, Apd Paixãoa, RQdS Póvoasb, CCd Guardaa, MM Aleluiaa
a Universidade Estadual Santa Cruz (UESC), BA, Brasil, Ilhéus, BA, Brasil
b Serviço de Onco-hematologia da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, Itabuna, BA, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A Doença Residual Mínima (DRM) é reconhecida como um dos principais fatores prognósticos em leucemias agudas, sendo utilizada como marcador de resposta precoce à quimioterapia e de risco de recaída. Fatores clínicos como idade ao diagnóstico, contagem de leucócitos, tempo entre sintomas e diagnóstico também têm sido associados à evolução clínica.

Objetivos

Avaliar a relação entre níveis de DRM no 19° dia de tratamento (D19) e o desfecho clínico (vivo ou óbito) em pacientes pediátricos com leucemias agudas, e também idade, contagem de leucócitos e tempo até o diagnóstico.

Material e métodos

Estudo transversal descritivo, a partir da análise de prontuários de pacientes diagnosticados com Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA), Leucemia Mieloide Aguda (LMA) e Leucemia Linfoblástica de Linhagem T (LLAT). Foram coletados variáveis clínicas, como idade ao diagnóstico, contagem de leucócitos, tempo entre sintomas e diagnóstico e DRM no D19. As variáveis foram avaliadas conforme o desfecho (vivo ou óbito). As análises estatísticas foram realizadas no programa JAMOVI, versão 2.4, sendo valor de p < 0,005 considerados significativos. Este estudo foi devidamente aprovado pelo comitê de ética e pesquisa em humanos (CAAE: 47456221.0.0000.5526).

Resultados

A amostra incluiu 13 pacientes (10 vivos, 3 óbitos). A mediana do tempo entre sintomas e diagnóstico foi de 30 dias no grupo vivo e 15 dias no grupo óbito. A idade ao diagnóstico apresentou mediana de 7,5 anos entre vivos e 3 anos entre os óbitos. A contagem de leucócitos foi substancialmente mais elevada no grupo óbito (mediana de 68.200 μL) em comparação aos vivos (5.800 μL). Em relação à DRM D19, o grupo óbito apresentou mediana de 0,170%, enquanto o grupo vivo apresentou 0,0076%. Apesar do número reduzido de casos no grupo óbito (especialmente para DRM, n = 2), observou-se padrão consistente com pior prognóstico.

Discussão e conclusão

A hiperleucocitose e a DRM persistentemente elevada no início do tratamento são conhecidas por sua associação com maior risco de falha terapêutica e recaída. A idade precoce também pode refletir subtipos de maior agressividade biológica. O tempo mais curto entre sintomas e diagnóstico nos casos fatais pode indicar doença mais aguda ou de rápida progressão. Estes achados, mesmo em uma amostra reduzida, reforçam a importância da estratificação de risco precoce em leucemias agudas corroborando dados da literatura. Observou-se tendência de associação entre maiores níveis de DRM e pior desfecho clínico, bem como entre outros fatores de risco (idade precoce, leucocitose elevada). Apesar da limitação amostral, os dados destacam a importância da avaliação precoce da DRM e de marcadores clínicos no prognóstico de pacientes com leucemias agudas.

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Referências:

  • 1.

    Hunger SP, Mullighan CG. Acute Lymphoblastic Leukemia in Children. New England Journal of Medicine. 2015;373(16):1541-52.

  • 2.

    Döhner H, et al. Diagnosis and management of AML in adults: 2017 ELN recommendations from an international expert panel. Blood. 2017;129(4):424-47.

  • 3.

    Pui CH, et al. Clinical significance of minimal residual disease in childhood acute lymphoblastic leukemia and its relationship to other prognostic factors: a Children’s Oncology Group study. Blood. 2005;105(7):2527-35.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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