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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 1631
Acesso de texto completo
REAÇÕES INFUSIONAIS EM ONCOLOGIA: ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E MANEJO
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IK Costaa, BE Grigioa, MCV Barrosa, GIV Abreub, PR Spiesa, TRS Mellerb, VS Cezara, RS Lopesa, PRS Bedinc, AF Zanchina
a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil
b Grupo Hospitalar Conceição, Porto Alegre, RS, Brasil
c Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

As reações infusionais são eventos adversos comuns em pacientes oncológicos submetidos a agentes antineoplásicos, imunobiológicos e hemocomponentes. Suas manifestações clínicas variam de sintomas leves, como febre e náuseas, a quadros graves, como anafilaxia e choque. Tais eventos impactam a continuidade do tratamento, aumentam hospitalizações e afetam a qualidade de vida. Diante desse cenário, a enfermagem é fundamental na detecção precoce, intervenção imediata e implementação de estratégias preventivas, assegurando um cuidado seguro e centrado no paciente.

Objetivos

Analisar a atuação da enfermagem na identificação, prevenção e manejo de reações infusionais em pacientes oncológicos, por meio de revisão da literatura científica.

Material e métodos

Foi realizada uma revisão integrativa da literatura nas bases PubMed, Embase e Scopus, utilizando os descritores: “reações infusionais”, “enfermagem”, “oncologia” e “eventos adversos”, combinados pelos operadores booleanos AND e OR. Foram incluídos artigos publicados entre 2019 e 2024, nos idiomas português, inglês e espanhol.

Discussão e conclusão

A literatura demonstrou que as reações infusionais ocorrem com maior frequência nos primeiros ciclos de tratamento, especialmente com anticorpos monoclonais, imunoterapias e quimioterápicos. Os sinais mais recorrentes incluem calafrios, dispneia, prurido, erupções cutâneas, dor torácica e hipotensão. A atuação da enfermagem é crucial na vigilância clínica contínua, interrupção imediata da infusão ao surgimento de sintomas, administração de suporte farmacológico e comunicação eficiente com a equipe médica. A eficácia do manejo das reações infusionais depende da agilidade e conhecimento técnico da enfermagem. A adoção de protocolos institucionais baseados em evidências, treinamentos periódicos e padronização de registros contribui significativamente para a segurança assistencial. A orientação prévia ao paciente sobre possíveis sintomas também favorece a notificação precoce. A capacitação contínua da equipe e a existência de planos de ação emergenciais são determinantes para um manejo eficaz e para a minimização de desfechos adversos. A enfermagem ocupa posição estratégica na prevenção e no enfrentamento de reações infusionais em oncologia. O reconhecimento precoce dos sinais clínicos, aliado a intervenções baseadas em evidências e ao uso de protocolos bem definidos, contribui para a redução de riscos, a otimização da segurança do paciente e a humanização do cuidado. Investir na formação continuada e na estruturação de fluxos de atendimento específicos é fundamental para fortalecer a segurança do paciente e aprimorar a qualidade assistencial oncológica.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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