HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosA segurança transfusional é um princípio basilar nas práticas hemoterápicas, requerendo controle rigoroso em todas as etapas do processo, especialmente na antissepsia cutânea no local da punção venosa. Esta etapa é crucial para a prevenção de contaminações bacterianas, que podem comprometer a qualidade do hemocomponente e a segurança do receptor. O presente relatório visa validar microbiologicamente a eficácia da antissepsia utilizando álcool etílico a 70% comparativamente ao digliconato de clorexidina a 0,5% em solução alcoólica, conforme protocolos e normativas vigentes, garantindo a segurança e qualidade no atendimento aos doadores.
ObjetivosAvaliar a eficácia microbiológica da técnica de antissepsia cutânea em doadores de sangue que comparecerem espontaneamente ao hemocentro, realizada em duas etapas, inicialmente com ál- cool etílico a 70% e, em seguida, com digliconato de clorexidina a 0,5% em solução alcoólica, observando um tempo de ação de 30 segundos para garantir a ativação do princípio ativo, con- forme preconizado pelas normativas sanitárias vigentes, visando assegurar a qualidade do proces- so de coleta e a segurança transfusional no âmbito da hemoterapia.
Material e métodosA metodologia adotada para este protocolo de validação foi estruturada com base nas diretrizes estabelecidas pelo Plano Mestre de Validação (PMV) da Fundação HEMOAM, bem como nas normativas sanitárias vigentes, especialmente a Portaria de Consolidação n°8/2017 do Ministério da Saúde e a RDC n°34/2014 da ANVISA. O delineamento metodológico busca garantir a rastreabilidade, a reprodutibilidade e a confiabili- dade dos dados obtidos, assegurando que a validação do processo de antissepsia cutânea seja conduzida com rigor técnico e cientificamente embasada.
Discussão e conclusãoOs resultados demonstraram redução significativa da carga microbiana na pele dos doadores após aplicação da técnica antisséptica, atendendo aos critérios microbiológicos estabelecidos pelo serviço. Em todas as amostras analisadas, verificou-se ausência ou presença reduzida de microorganismos compatíveis com flora transitória controlada, confirmando a eficácia dos antissépticos empregados. A validação microbiológica da antissepsia cutânea evidenciou que a técnica padronizada, utili- zando álcool etílico 70% seguido de digliconato de clorexidina 0,5% em solução alcoólica, é efi- caz na redução da carga microbiana da pele dos doadores. Os critérios de aceitação foram am- plamente atendidos, conferindo segurança ao processo de coleta de sangue e reforçando a quali- dade transfusional. Recomenda-se a manutenção da técnica adotada, com treinamentos periódicos da equipe e monitoramento contínuo para assegurar a conformidade operacional. Sugere-se, ain- da, a realização de revalidações bienais, conforme estabelecido no protocolo, para acompanha- mento da eficácia e incorporação de eventuais avanços tecnológicos.




