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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 598
Acesso de texto completo
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS REALIZADAS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DE JOÃO PESSOA, PARAÍBA: UM ESTUDO RETROSPECTIVO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2025
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WJ de Moura Gomesa, AB Rodrigues dos Santosb, MC Lourenço de Limab, AJ da Silvaa
a Grupo Gestor de Hemoterapia ‒ Grupo GSH, Recife, PE, Brasil
b Grupo Gestor de Hemoterapia ‒ Grupo GSH, João Pessoa, PB, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A transfusão sanguínea é um procedimento vital na medicina, utilizado no tratamento de anemias, hemorragias, coagulopatias e suporte a pacientes oncológicos e cirúrgicos. Conhecer o perfil transfusional dos serviços de saúde é essencial para planejar estoques, otimizar recursos e garantir a segurança transfusional. No Brasil, os grupos sanguíneos mais comuns são O+ e A+, o que influencia diretamente a gestão dos bancos de sangue.

Objetivos

Caracterizar o perfil epidemiológico das transfusões em um hospital terciário, analisando a distribuição dos grupos sanguíneos, tipos de hemocomponentes utilizados, diagnósticos associados e setores hospitalares envolvidos.

Material e métodos

Estudo transversal retrospectivo, de natureza descritiva e analítica, realizado em hospital terciário de alta complexidade. Analisou 1.204 transfusões realizadas entre 1° de janeiro e 30 de junho de 2025, sem critérios de exclusão. Os dados foram coletados do sistema de hemoterapia, abrangendo informações dos hemocomponentes, receptores e diagnósticos. Foram estudadas variáveis como tipo sanguíneo, tipo de hemocomponente, diagnóstico clínico, setor hospitalar e urgência do procedimento.

Discussão e conclusão

Durante o período analisado, foram realizadas 1.204 transfusões, com média mensal de 200 procedimentos. O grupo sanguíneo mais frequente foi o O+ (40%), seguido pelo A+ (34%). O hemocomponente mais utilizado foi o concentrado de hemácias (60,1%), seguido pelos concentrados de plaquetas (27,7%). A maioria das transfusões ocorreu na UTI Adulto (61,6%). Os principais diagnósticos associados foram as hemorragias (23%) e Neoplasias (21%). Quanto à urgência, a maior parte foi classificada como urgente em até 3 horas (55%). A predominância do grupo O+ nas transfusões, acima da média populacional, pode ser explicada por sua ampla compatibilidade e maior risco de sangramento em certas condições clínicas. A baixa frequência de grupos Rh negativos reflete sua raridade e uso restrito. O concentrado de hemácias foi o hemocomponente mais utilizado, seguindo padrões nacionais e internacionais, e a alta demanda por plaquetas indica complexidade dos casos atendidos. A maioria das transfusões ocorreu na UTI Adulto, confirmando maior demanda em pacientes críticos. Hemorragias e Neoplasias foram as principais indicações, comum em contextos de estabilização clínica inicial. A alta proporção de transfusões urgentes reflete o perfil de gravidade dos pacientes. Os dados ajudam na gestão eficiente de estoques, especialmente dos grupos O+ e A+, cuja demanda é mais elevada. O estudo revelou predominância do grupo sanguíneo O+ e do uso de concentrados de hemácias, com maior demanda na UTI Adulto, Hemorragias e Neoplasias foram as principais indicações, com maioria das transfusões classificadas como urgentes. Esses dados são essenciais para o planejamento de estoques, captação de doadores e uso racional do sangue.

Referências

1. TDSA Sistemas | RealBlood.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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