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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 941
Acesso de texto completo
OS AUTOANTICORPOS CONTRA ANTÍGENOS COM ESPECIfiCIDADE CONHECIDAS PRECISAM SER RESPEITADOS EM CARATER TRANSFUSIONAL?
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MCAV Conradoa, CS Nivardoa, AMC Alvesa, RA Cardosoa, TF Vieirab, MJ Vieiraa, E Fittipaldia, A Mendrone-Juniora, V Rochaa, CL Dinardoa
a Fundação Pró-Sangue, São Paulo, SP, Brasil
b Fundação Faculdade de Medicina, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A formação de anticorpos irregulares é uma complicação importante pós-transfusão. A presença desses anticorpos ocorre devido à estimulação do sistema imunológico do paciente por transfusões de concentrados de hemácias com antígenos eritrocitários que não correspondem aos antígenos do receptor. A produção desses anticorpos pode ser diretamente proporcional ao número de transfusões recebidas, sendo mais frequente em indivíduos que receberam múltiplas transfusões. A produção de anticorpos geralmente se origina da apresentação de antígenos estranhos ao receptor, levando à formação de aloanticorpos irregulares. Alguns indivíduos, devido à alta exposição ou a patologias clínicas, começam a produzir anticorpos direcionados aos próprios antígenos, com especificidade definida. O objetivo deste resumo é analisar, por meio de ensaios celulares, a real necessidade de respeitar esses anticorpos, simulando assim o potencial hemolítico dos mesmos.

Descrição do caso

Dez pacientes contendo autoanticorpos conhecidos foram analisados pela técnica MMA com hemácias positivas para o antígeno correspondente à especificidade do anticorpo. Entre os anticorpos analisados, tivemos 6 auto anti-e, 1 auto anti-Jka, 1 auto anti-c e 1 auto anti-I. Todas as amostras apresentaram prova cruzada positiva contra hemácias com antígeno positivo em gel teste, mas, quando submetidas ao ensaio MMA, todas apresentaram MMA negativo, e não foi encontrada significância clínica desses anticorpos.

Conclusão

Assim, este estudo demonstrou que respeitar o autoanticorpo nem sempre é necessário e, muitas vezes, ao respeitar esses antígenos, o receptor é exposto a antígenos para os quais ele é realmente negativo, podendo assim produzir anticorpos clinicamente importantes. A seleção de componentes sanguíneos com antígenos negativos frequentemente dificulta a busca por unidades compatíveis, atrasando a transfusão, o que pode ser muito pior para o paciente do que transfundir uma bolsa com antígeno positivo para o autoanticorpo.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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