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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 187
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MONITORAMENTO DO NÚMERO DE HEMOCOMPONENTES TRANSFUNDIDOS NO AMBULATÓRIO X EFICIÊNCIA ASSISTENCIAL
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RC Torres, MF Costa, GM Santos-Junior, PCC Santos-Júnior, LPS Dantas, CS Guimarães
Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Sergipe (IHHS), Aracaju, SE, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A transfusão ambulatorial de hemocomponentes desempenha papel essencial na manutenção do tratamento de pacientes crônicos, especialmente oncológicos. O acompanhamento sistemático desse indicador permite avaliar a eficiência assistencial, identificar oscilações na demanda e propor intervenções.

Objetivos

Analisar a variação do número total de hemocomponentes transfundidos no ambulatório do Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Sergipe (IHHS), destacando a atuação da equipe de enfermagem como fator determinante para os resultados obtidos.

Material e métodos

Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, de análise quantitativa, com base nos dados registrados mensalmente no sistema institucional de indicadores. Foram considerados os valores absolutos de transfusões ambulatoriais realizadas entre maio de 2024 e maio de 2025. As análises foram complementadas com justificativas qualitativas registradas nos planos de ação.

Resultados

No período avaliado, observou-se uma variação significativa no número de transfusões mensais, com valores oscilando entre 54 e 135 procedimentos. Destacam-se reduções nos meses de junho (54) e maio (56/2024), atribuídas a fatores sazonais como recessos médicos e óbitos de pacientes em uso regular de hemocomponentes. Em contrapartida, os picos de transfusão ocorreram em dezembro (135) e fevereiro (122), evidenciando a retomada de atendimentos e a incorporação de novos pacientes crônicos.

Discussão e conclusão

Para enfrentar as oscilações e manter a média mensal dentro da meta institucional, foram implementadas ações estratégicas conduzidas pela equipe de enfermagem. Dentre elas, destacam-se: campanhas educativas com pacientes e cuidadores sobre adesão ao tratamento; monitoramento ativo de pacientes com uso contínuo por meio de contatos telefônicos; proposição de ampliação do horário de atendimento em períodos críticos; divulgação institucional do ambulatório para clínicas e hospitais parceiros; treinamentos periódicos para a equipe de enfermagem com foco em segurança transfusional; e análise multiprofissional de fatores que influenciam negativamente a demanda, como internações, óbitos e mudanças no perfil terapêutico. Essas iniciativas demonstraram eficácia na estabilização dos atendimentos e na manutenção da segurança e qualidade da assistência prestada. Constatou-se que a atuação estratégica da equipe de enfermagem do IHHS foi essencial para os resultados positivos do indicador de transfusões ambulatoriais. Além do cuidado direto com o paciente, sua atuação expandiu-se para ações de gestão, educação em saúde e articulação com a rede de atenção, demonstrando a relevância desses profissionais na linha de frente da assistência hemoterápica. Reforça-se a importância de fortalecer e reconhecer a enfermagem como agente transformador da realidade institucional.

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Referências:

  • BRASIL. Ministério da Saúde. Guia para o uso de hemocomponentes. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_uso_hemocomponentes.pdf. Acesso em: 22 jul. 2025.

  • AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Hemovigilância: Manual técnico. Brasília: ANVISA, 2015. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/hemovigilancia. Acesso em: 22 jul. 2025.

  • Santos, R. P. Dos; Costa, A. L. da. Atuação da equipe de enfermagem na segurança transfusional: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 73, n. 2, p. e20180241, 2020.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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