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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 2283
Acesso de texto completo
MARCADORES LABORATORIAIS ASSOCIADOS AO FENÓTIPO DE ALTO RISCO NA LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA: UM ESTUDO EM PACIENTES DO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE BRASILEIRO
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TA Carmoa, P Pereza, R Queiroza, L Melotia, L Arraesa, H Ribeiroa, AF Sandesa, ML Douradoa, EC Chapchapb, FR Kerbauya
a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
b Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A estratificação de risco inical na leucemia promielocítica aguda (LPA) orienta decisões terapêuticas precoces e influencia diretamente o prognóstico desses pacientes. Embora a contagem de leucócitos seja o principal critério para definição de alto risco, a identificação de biomarcadores laboratoriais acessíveis que se associem a esse fenótipo, pode oferecer subsídios adicionais à estratificação inicial, especialmente em cenários do sistema público de saúde.

Objetivos

Investigar a associação entre parâmetros laboratoriais admissionais e a classificação de risco na LPA, com foco na identificação de biomarcadores relacionados ao fenótipo de alto risco.

Material e métodos

Estudo retrospectivo, conduzido em um hospital público universitário, que incluiu pacientes adultos diagnosticados com LPA entre 2013 e 2025. A coleta de dados ocorreu por meio da revisão de prontuários médicos vinculados ao banco institucional do serviço (UNIFESP, CAAE: 87215625.4.0000.5505). O processamento de dados incluiu, inicialmente, a análise univariada comparativa entre grupos definidos pela contagem leucocitária ao diagnóstico (alto risco: ≥10.000/mm3; não alto risco: <10.000/mm3). Parâmetros com significância estatística foram submetidos à análise de colinearidade e correlacionados à contagem de leucócitos pelo teste de Spearman.

Resultados

Foram incluídos 68 pacientes no estudo, dos quais 57,4% eram do sexo masculino, com mediana de idade de 40 anos na população total. O grupo de alto risco correspondeu a 33,8% da amostra. Entre os parâmetros laboratoriais admissionais, destacaram-se maior percentual de blastos periféricos (37,5% vs. 1,3%; p < 0,05) e níveis mais elevados de lactato desidrogenase (LDH) (648,0 vs. 340,0 U/L; p < 0,05) no grupo de alto risco, além de menor tempo de protrombina (TP) (58,0% vs. 68,0%; p < 0,05). As variáveis com diferença estatística (p < 0,05) foram submetidas à avaliação de colinearidade, tendo LDH e TP resultados indicativos de relativa independência (VIF<5), enquanto os demais marcadores apresentaram colinearidade significativa ou perfeita, refletindo sobreposição entre parâmetros hematológicos. Análises de correlação demonstraram associação positiva entre LDH e a contagem de leucócitos (ρ= 0,52; p < 0,001), enquanto o TP associou-se negativamente a esse parâmetro (ρ= –0,46; p < 0,001).

Discussão e conclusão

Os achados reforçam que biomarcadores simples e acessíveis, como LDH e TP, podem refletir características adicionais ao fenótipo de alto risco na LPA. Esses biomarcadores, quando analisados em conjunto com a contagem de leucócitos, podem contribuir para uma estratificação inicial mais refinada, auxiliando sob a definição prognóstica dos casos, especialmente em contextos com limitação de recursos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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