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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 271
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MECANISMOS DE RESISTÊNCIA E NOVAS ABORDAGENS TERAPÊUTICAS NA LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA
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F de Oliveira e Reis Charro Quirino
Universidade Anhembi Morumbi (UAM), São Paulo, SP, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é uma neoplasia hematológica comum em indivíduos acima de 60 anos (Vakiti et al., 2024). Embora a quimioterapia seja eficaz em alguns casos, a resistência terapêutica compromete a sobrevida e as taxas de remissão. Esse obstáculo está relacionado à heterogeneidade genética das células leucêmicas, à presença de células-tronco e à resistência a fármacos (Shimony et al., 2025). No Brasil, a LMA representa um desafio constante, com altas taxas de mortalidade e acesso limitado às terapias alvo.

Objetivos

Este estudo visa revisar os mecanismos de resistência ao tratamento na LMA com base na literatura recente e explorar novas abordagens terapêuticas, além de identificar estratégias para melhorar o prognóstico dos pacientes.

Material e métodos

Este resumo consiste em uma revisão narrativa da literatura, com foco na resistência terapêutica e nas novas abordagens no tratamento da LMA. A busca foi realizada a partir da base de dados PubMed e Governo Federal (Anvisa e sites oficiais). Foram incluídos artigos publicados entre 2020 e 2025, com texto completo disponível, escritos em português ou inglês, que abordassem mecanismos moleculares, terapias alvo e resistência na LMA. Excluíram-se artigos duplicados, estudos com foco exclusivo em leucemias linfóides e revisões sistemáticas.

Discussão e Conclusão

Os estudos analisados demonstram que a resistência ao tratamento na Leucemia Mieloide Aguda (LMA) está relacionada principalmente a mutações genéticas, como as do gene FLT3, e à presença de células-tronco leucêmicas no microambiente hematopoético, que favorecem a recidiva. Cerca de 50% dos pacientes que inicialmente responderam à midostaurina perderam a mutação FLT3 na recaída, e 11% desenvolveram variantes adicionais. Com o uso do gilteritinibe, observaram-se mutações nas vias MAPK/RAS (33%) e a mutação F691L (12%), ligadas à perda de resposta. Ensaios clínicos indicam que a combinação de terapias alvo com imunoterapia pode aumentar a sobrevida em até 30%. No Brasil, a aprovação em 2022 da midostaurina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), representou um avanço importante, principalmente ao ser associada à quimioterapia convencional. Apesar das limitações ainda enfrentadas, as novas abordagens terapêuticas, baseadas no conhecimento molecular da doença, têm ampliado as possibilidades de tratamento e oferecem perspectivas mais favoráveis para o prognóstico dos pacientes.

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Referências:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Aprovado novo medicamento para tratar leucemia mieloide aguda. 2022 Jul 4 [citado 24 Jul 2025]. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2018/aprovado-novo-medicamento-para-tratar-leucemia-mieloide-aguda

Mecklenbrauck R, Heuser M. Resistance to targeted therapies in acute myeloid leukemia. Clin Exp Metastasis. 2023 Feb;40(1):33-44. doi:10.1007/s10585-022-10189-0.

Pelcovits A, Niroula R. Acute myeloid leukemia: a review. R I Med J (2013). 2020 Apr;103(3):38-40. PMID:32236160.

Shimony S, Stahl M, Stone RM. Acute myeloid leukemia: 2025 update on diagnosis, risk-stratification, and management. Am J Hematol. 2025 May;100(5):860-91. doi:10.1002/ajh.27625.

Vakiti A, Mewawalla P. Acute myeloid leukemia. Em: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2024 Apr 27 [citado 24 Jul 2025]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29939652

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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