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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 3319
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LESÃO GENITAL NODULAR POR CANDIDA PARAPSILOSIS EM PACIENTE COM LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA REFRATÁRIA EM USO DE ANTIFÚNGICO PROFILÁTICO POR ASPERGILOSE PULMONAR INVASIVA: RELATO DE CASO
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J Severoa, LGF Limaa, BG Campelloa, CCL Silvaa, TR Evangelistaa, VECB Dantasa, EMS Thorpea, IHL Lemosa, AQMS Arouchaa, MFH Costab
a Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Recife, PE, Brasil
b Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O fundo da espécie Candida parapsilosis é um patógeno comensal na espécie humana, mas com potencial patogênico quando a barreira epitelial é rompida. O principal grupo de risco para infecção por este fungo é a imunossupressão prolongada, dieta parenteral e dispositivos invasivos.

Descrição do caso

Mulher, 63 anos, portadora de leucemia mieloide aguda secundária a trombocitose essencial. O tratamento proposto foi o esquema intensivo de Citarabina e Daunorrubicina em altas doses com resposta medular ainda positiva com 9% de blastos em análise de doença residual mínima (DRM) em medula. Uma segunda indução com Venetoclax com Citarabina subcutânea foi iniciada, mas a paciente progrediu da doença durante tratamento com piora de DRM para 20% de blastos mieloides e a proposta de cuidados paliativos exclusivos foi iniciada. Durante a internação, evoluiu com lesão genital única em grandes lábios, de aspecto nodular, com cerca de 1 cm, dolorosa e com necrose liquefativa central. A paciente já tinha diagnóstico prévio de aspergilose pulmonar por lavado broncoalveolar e galactomanana sérica e já estava em tratamento com voriconazol que foi mantido como profilaxia fúngica. A lesão foi tratada com vancomicina e foi refratária à terapia de amplo espectro. A análise histológica foi negativa para malignidade, mas não sugeriu outras hipóteses diagnósticas. Por ser uma paciente em neutropenia prolongada e sem melhora com antibiótico de amplo espectro, o material foi enviado para cultura fúngica que foi positiva para Candida parapsilosis. Antes do resultado da cultura micológica a paciente evoluiu para óbito por progressão da doença de base.

Conclusão

A LMA é uma doença com altos índices de infecções associadas e a infecção fúngica apresenta um dos cenários mais graves. O uso de profilaxia secundária em pacientes portadores de LMA é bem estabelecido na literatura e os Azóis são as drogas de escolha. Na literatura, a infecção por Candida parapsilosis é descrita como tipicamente sensível ao Voriconazol. No caso descrito, a paciente apresentou lesão genital fúngica a despeito da profilaxia medicamentosa com Voriconazol, evidenciando a importância da vigilância ativa e possibilidade de migração de classe medicamentosa como profilaxia.

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Referências:

  • 1.

    Trofa D, Gácser A, Nosanchuk JD. Candida parapsilosis, an emerging fungal pathogen. Clin Microbiol Rev. 2008 Oct;21(4):606-25. doi:10.1128/CMR.00013-08. PMID:18854483; PMCID:PMC2570155.

  • 2.

    Wingard JR. Importance of Candida species other than C. albicans as pathogens in oncology patients. Clin Infect Dis. 1995 Jan;20(1):115-25. doi:10.1093/clinids/20.1.115.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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