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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 402
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IMPACTO DO MICROAMBIENTE TUMORAL E DE ALTERAÇÕES MOLECULARES NA RECAÍDA DE PACIENTES COM EM LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA DE CÉLULAS B COM ETV6::RUNX1
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MM Simõesa, PMC Rossetib, MC Ribeirob, RM Pontesb, BVM Henriqueb, R Camargob, BC Guidob
a Centro Universitário de Brasília (CEUB), Brasília, DF, Brasil
b Laboratório de Pesquisa Translacional (LPT), Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), Brasília, DF, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A Leucemia Linfoide Aguda de células B precursoras (LLA-B) é o subtipo mais comum na infância, sendo que cerca de 25% dos casos apresentam a fusão ETV6::RUNX1, geralmente associada a bom prognóstico e altas taxas de sobrevida. No entanto, recaídas tardias têm sido relatadas em até 20% dos casos, levantando a hipótese de que alterações moleculares adicionais possam coexistir com a fusão ETV6::RUNX1 e contribuir para desfechos desfavoráveis em um subconjunto de pacientes. Um fator relevante para tentar identificar um perfil dos pacientes com recaídas é a compreensão dos ensaios utilizados para a estratificação de risco. Nesse contexto, o sequenciamento de nova geração (NGS) tem se destacado por permitir a identificação ampla de alterações genéticas, facilitando o diagnóstico molecular e o monitoramento da progressão da doença. Além disso, o microambiente medular tem ganhado atenção por sua influência na resposta terapêutica. Interações entre células estromais e tumorais podem favorecer a progressão da leucemia, e estudos sobre essas interações têm apontado possíveis alvos terapêuticos. Compreender tanto os fatores moleculares quanto o microambiente pode contribuir para estratégias mais eficazes na prevenção de recaídas e no manejo da LLA-B.

Objetivos

O objetivo do estudo foi analisar o perfil molecular e o microambiente tumoral de pacientes pediátricos do Hospital da Criança de Brasília, diagnosticados entre 2012 e 2022, com leucemia linfoblástica aguda do tipo B que apresentam fusões gênicas ETV6::RUNX1, a fim de identificar fatores associados à remissão completa ou à ocorrência de recaídas.

Material e métodos

Amostras de medula óssea de pacientes com LLA-B foram utilizadas para a avaliação do microambiente tumoral por citometria de fluxo, com foco na proporção das subpopulações de células estromais (endoteliais e mesenquimais). O NGS foi realizado com um painel de 156 genes, utilizando RNA total para identificar fusões, variantes genéticas e perfis de expressão gênica. A análise estatística abrangeu o uso de curva ROC para predição de recaída, Kaplan-Meier para sobrevida livre de eventos, teste de log-rank e regressão de Cox para fatores prognósticos, por meio dos softwares GraphPad Prism e SPSS, com significância de 5%.

Resultados

Dentre os 69 pacientes inclusos no estudo, 9 pacientes apresentaram recaída, dos quais 2 vieram a óbito, resultando em uma taxa de sobrevivência livre de eventos de 73%. O estudo identificou que o aumento de células estromais no D33 foi associado a maior risco de recaída e óbito. Variantes em IKZF1, BCL2 e NUP98 foram identificadas em pacientes que recidivaram, sugerindo impacto da evolução clonal. Fusões como RUNX1-CTC1 e a superexpressão de SET também podem estar relacionadas a um pior prognóstico neste subgrupo molecular.

Discussão e conclusão

A detecção de novas fusões gênicas e a evolução clonal reforçam a necessidade de uma abordagem integrada entre caracterização molecular e avaliação do microambiente para aprimorar a estratificação de risco. Desse modo, o estudo destaca o potencial das tecnologias avançadas e a importância da análise integrada molecular e do microambiente tumoral para aprimorar a estratificação de risco e prevenir recaídas na LLA-B.

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Referência:

Oliveira E, Santos T, Laranjeira AB, Figueiredo AB, Yunes JA, Brandalise SR, et al. Bone marrow stromal cell regeneration profile in treated B-cell precursor acute lymphoblastic leukemia patients: association with MRD status and patient outcome. Cancers (Basel). 2022;14(13):3088. doi:10.3390/cancers14133088.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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