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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 2797
Acesso de texto completo
IMPACTO DA CENTRAL DE MONITORAMENTO ASSISTENCIAL NA ADESÃO AO PROTOCOLO DE ACOMPANHAMENTO TRANSFUSIONAL
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L Taba, VJ Cardoso, M Vaidotas, LG Silva, ANF Cipolletta, SFA Pereira, APH Yokoyama, JM Kutner
Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A segurança transfusional depende tanto da realização de testes laboratoriais rigorosos quanto de vigilância clínica contínua. Protocolos padronizados de acompanhamento transfusional são essenciais para a detecção precoce de reações adversas. No entanto, barreiras operacionais podem comprometer a adesão adequada pelas equipes assistenciais. A Central de Monitoramento Assistencial (CMoA), composta por profissionais especializados em vigilância remota, constitui uma estratégia inovadora para apoiar a conformidade assistencial em tempo real. A CMoA monitora diversos indicadores institucionais por meio de dados extraídos do prontuário eletrônico, incluindo informações relacionadas à transfusão. O sistema é parametrizado para identificar lacunas, e a equipe assistencial é acionada por telefone sempre que a ausência de um dado for detectada.

Objetivos

Avaliar o impacto da implantação da CMoA na adesão ao protocolo institucional de acompanhamento transfusional, com ênfase na completude e conformidade dos registros assistenciais durante e após a transfusão.

Material e métodos

Estudo observacional, retrospectivo e comparativo, realizado em hospital terciário de grande porte. Foram analisadas transfusões realizadas em dois períodos: pré-implantação (set/2022 a jun/2023) e pós-implantação da CMoA (jul/2023 a jul/2025). Os indicadores de completude considerados foram: (1) notificação do enfermeiro responsável; (2) controle de gotejamento; (3) horário de término; (4) volume infundido; e (5) sinais vitais ao término. As informações foram extraídas do prontuário eletrônico e submetidas à análise estatística. Também foram contabilizadas as intervenções realizadas pelo CMoA (ligações telefônicas) e calculado o percentual dessas intervenções em relação ao total de transfusões instaladas no leito.

Resultados

A média de registros completos aumentou de 55,1% para 60,7% após a implantação da CMoA, evidenciando maior engajamento das equipes e conscientização sobre boas práticas transfusionais. Houve também redução no número de intervenções realizadas pela CMoA no primeiro ano após a implementação, indicando consolidação das rotinas assistenciais.

Discussão e conclusão

A CMoA mostrou-se eficaz para promover práticas seguras e padronizar registros, com intervenções em tempo real. Além da melhora quantitativa, observou-se evolução qualitativa da cultura organizacional, com maior engajamento da equipe de enfermagem no processo transfusional. A adesão poderia ter sido ainda mais expressiva, porém a indisponibilidade do indicador de monitoramento transfusional entre julho de 2024 e julho de 2025 limitou a divulgação contínua dos resultados às equipes, reforçando a necessidade da educação permanente como pilar da segurança transfusional. A atuação da Central de Monitoramento Assistencial mostrou-se eficaz na ampliação da adesão ao protocolo institucional de acompanhamento transfusional e na qualificação do cuidado prestado. A adoção de estratégias de monitoramento remoto integradas à prática assistencial representa uma inovação promissora para fortalecer a segurança transfusional e consolidar uma cultura de qualidade nos serviços de saúde.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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