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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 476
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IDENTIFICAÇÃO DE VARIANTES DO GENE RHD EM DOADORES DE SANGUE DOS ESTADOS DE SÃO PAULO, PARÁ E CEARÁ
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LBMdO Chagasa, CM Ribeirob, APRD Zanellib, LN Guimarãesc, FJG Chadac, DM Brunettac, TB Costac, FLS Santosb, L Castilhod, ES Rodriguesa
a Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
b Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), Belém, PA, Brasil
c Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), Fortaleza, CE, Brasil
d Universidade de Campinas, Campinas, SP, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O sistema sanguíneo Rh é reconhecido por sua complexidade genética e alta capacidade imunogênica. A presença de variantes do gene RHD, como D fraco e D parcial, podem resultar em alterações quantitativas e/ou qualitativas na expressão do antígeno D e dificultar a tipagem sorológica. Como alternativa, é indicado a confirmação por métodos moleculares, que permite avaliação precisa do gene RHD. No entanto, a correta caracterização de variantes RHD é um processo complexo, trabalhoso e pouco realizado na maioria dos bancos de sangue brasileiros. Desta forma, os relatos sobre a distribuição e frequência das variantes RHD em regiões brasileiras ainda é limitado.

Objetivos

Caracterizar as variantes RHD em doadores de sangue dos estados de São Paulo, Pará e Ceará.

Material e métodos

Foram selecionadas 57 amostras de doadores de sangue do Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP), 67 amostras do Pará (HEMOPA) e 45 do Ceará (HEMOCE) que apresentaram tipagem sorológica para o antígeno D atípica (≤ 2+). As amostras foram submetidas a extração do DNA genômico pelo método de fenol-clorofórmio, e a genotipagem das variantes RHD foi realizada por meio da técnica PCR SNaPshot multiplex. Esta metodologia é capaz de identificar as variantes RHD* Fraco tipo 1 (c.809T>G), tipo 2 (c.1154G>C), tipo 3 (c.8C>G), e tipo 4 (c.602C>G). Além disso, as variantes classificadas como RHD*DIIIa, DIII tipo 6, DIII tipo 7, DAR3.1, DAR4, DAR5 (c.819G>A), bem como RHD*DAR1, DAR1.1, DAR1.2, DAR1.3, DAR2, DAR2.1 e DAR6 (c.1025C>T), RHD*DAU (c.1136C>T) e a presença do RHD*ψ também foram avaliadas.

Resultados

A maioria das amostras (35%) do estado de São Paulo foram classificadas como RHD* fraco tipo 2. No entanto, as variantes, RHD* Fraco tipo 1 e RHD* DAR apresentaram frequências similares (17,54%), enquanto RHD* Fraco tipo 3 (5,26%) foi observada em um menor número de amostras. Nos estados do Pará e Ceará, a variante mais prevalente foi RHD*DAR (c.1025C>T), observada em 38,8% e 40,1% das amostras, respectivamente. A variante RHD* Fraco tipo 1 (20,9%) e RHD* Fraco tipo 2 (19,4%) também foram detectadas nas amostras obtidas do Pará e Ceará RHD* Fraco tipo 1 (11,2%) e RHD* Fraco tipo 2 (26,7%).

Discussão e conclusão

A presença de variantes RHD em doadores de sangue reforça a importância da genotipagem complementar à sorologia convencional, especialmente em regiões com elevada heterogeneidade genética. A caracterização precisa de variantes RHD contribui para práticas transfusionais mais seguras e gestão eficiente de estoques de unidades RhD negativas. Conhecer a distribuição regional das variantes RHD pode subsidiar práticas transfusionais mais adequadas à realidade genética da população. Apoio financeiro: FUNDHERP, CTC (2013/08135-2), INCTC (465539/2014-9), FAPESP (2017/26950-6).

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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