HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosEmbora a hemoterapia seja realizada conforme protocolos estabelecidos e sob monitoramento contínuo, ainda existem riscos residuais de incidentes transfusionais. Dessa forma, é imprescindível que o procedimento ocorra em ambiente seguro, conduzido por profissionais habilitados e com suporte técnico adequado, a fim de mitigar eventuais intercorrências e garantir a segurança do paciente como uma prática fundamental para a qualidade do cuidado em saúde. Nesse contexto, a correta identificação do paciente destaca com elemento crítico, especialmente no processo transfusional, caraterizado por sua complexibilidade e necessidade de rigor em todas as etapas, a fim de para minimizar riscos.
ObjetivosIdentificar, na literatura científica, evidências sobre a prática da identificação do paciente como garantia de segurança e redução de riscos associados à transfusão de hemocomponentes.
Material e métodosRevisão bibliográfica nas bases de dados PubMed, SciELO, BVS, Scopus, SCISPACE, Google Scholar e Web of Science. A busca utilizou descritores como “identificação do paciente” e “segurança na transfusão de sangue”, combinados por operadores booleanos. Os dados foram organizados e analisados com o auxílio do software Zotero.
ResultadosDe um total de 117 referências inicialmente encontradas, foram incluídas 109 referências, sendo 99 artigos e 10 documentos oficiais, publicados entre 1977 e 2023. Sete artigos foram excluídos por duplicidade e um por não abordar a identificação do paciente. O Brasil foi o país com maior número de publicações (n=45, 41,3%), das quais 24 abordaram especificamente a identificação do paciente e sua relevância no ato transfusional. Os estudos demonstram que a identificação correta do paciente por meios de dispositivos como pulseiras/braceletes contendo o nome completo do paciente, localização intra-hospitalar, data de nascimento, nome da genitora, número de prontuário contribuem fortemente para a minimização de riscos, tornando uma etapa imprescindível e demandando maior atenção e compromisso da equipe assistencial. A equipe de hemoterapia e enfermagem representa um papel importante nesta etapa, pois é responsável pela coleta inicial das amostras para os testes pré-transfusionais e, posteriormente, pela administração dos hemocomponentes e supervisão durante o procedimento.
Discussão e conclusãoA identificação correta do paciente é uma medida fundamental para prevenção de eventos adversos em transfusões, sendo indispensável a capacitação contínua dos profissionais de saúde, bem como o envolvimento ativo de pacientes e familiares. A segurança em todas as fases do processo transfusional é crucial para o bem-estar do paciente, dado o caráter essencial da terapia transfusional.
Referências:
BRASIL. Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de Setembro de 2017. Consolidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-pessoa-com-deficiencia/legislacao/portaria-de-consolidacao-no-05-de-28-de-setembro-de-2017.pdf/view.
BRASIL, Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente. 1. ed. [s.l.] MS, 2014. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/documento_referencia_programa_nacional_seguranca.pdf.




