HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosA matriz de criticidade é um método para hierarquizar ativos segundo sua relevância operacional. Ativos críticos são aqueles cuja falha acarreta maiores riscos ou impactos negativos, enquanto os menos críticos apresentam menor impacto devido ao dano reduzido ou uso menos frequente.
ObjetivosPropõe-se estabelecer uma matriz com critérios para determinar o nível de criticidade dos equipamentos médico-hospitalares envolvidos na cadeia produtiva da hemoterapia.
Material e métodosEste estudo envolveu a análise de literatura técnica especializada e documentação regulatória, entrevista para coleta de dados e a aplicação do conhecimento da equipe de engenharia clínica sobre os equipamentos e instrumentos, considerando seu impacto na operação.
ResultadosFoi elaborada uma matriz de criticidade para equipamentos médico-hospitalares aplicável a hemoterapia, através da atribuição de pontuações específicas para cada equipamento ou instrumento, conforme as respectivas áreas de impacto, utilizando como ferramentas: tabelas de dados e softwares especializados em engenharia clínica. Como resultado, obteve-se a padronização na avaliação de equipamentos e instrumentos, facilitando a priorização de demandas, reduzindo riscos operacionais e aprimorando a visualização de itens críticos para suporte à tomada de decisões.
Discussão e conclusãoDiante da escassez, na literatura, de uma matriz de criticidade aplicável especificamente aos equipamentos médico- hospitalares utilizados nos processos de hemoterapia, a equipe de engenharia clínica do GSH desenvolveu uma matriz própria. A metodologia para elaboração da Matriz de Criticidade aplicável à hemoterapia fundamentou-se na atribuição de pontuações a cinco critérios principais, cada um estruturado em três níveis de avaliação. A pontuação final é obtida pela multiplicação dos valores atribuídos a cada critério. Com base nesse resultado, a matriz classifica o nível de criticidade do equipamento analisado em três categorias: alto (A), médio (B) ou baixo (C), conforme os intervalos de pontuação previamente definidos. Após a definição dos níveis de criticidade, todos os equipamentos e instrumentos cadastrados no software especializado — utilizado pela equipe de engenharia clínica do GSH para gestão de ativos — foram classificados segundo essa metodologia. A criticidade de cada equipamento ou instrumento está diretamente vinculada ao tempo de resposta para manutenções corretivas, ao planejamento das manutenções preventivas e à definição da quantidade de equipamentos backup, além de orientar o dimensionamento de peças de reposição em estoque. A implementação da matriz de criticidade demonstrou-se eficaz na definição de prioridades para atendimentos de manutenção de equipamentos médico-hospitalares, otimizando a gestão conforme a relevância na cadeia produtiva e reduzindo os impactos negativos sobre a operação da instituição.




