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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2799
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FREQUÊNCIA DE DOADORES DE PLAQUETAS POR AFÉRESE CONSIDERADOS O PERIGOSO EM UM SERVIÇO DE HEMOTERAPIA DO RIO GRANDE DO SUL
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CA Kreisig, NJ Passarela, BK Losch, ESP Crippa, MA Leite
Pulsa Rio Grande do Sul, Caxias do Sul, RS, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O sistema de grupos sanguíneos ABO apresenta grande importância na medicina transfusional, devido a presença de anticorpos naturais no soro do ser humano. Na transfusão de plaquetas nem sempre é possível disponibilizar unidades ABO compatível, sendo necessária a utilização da titulação dos anticorpos anti-A e anti-B para reduzir o risco de hemólise passiva. Nesse contexto, a classificação de doadores quanto ao título de anticorpos torna-se relevante para a segurança transfusional de pacientes que recebem seguidamente transfusão de plaquetas.

Objetivos

Identificar a frequência de doadores de plaquetas por aférese do grupo O considerados “O perigoso” no período de janeiro de 2025 a julho de 2025 em um serviço de hemoterapia do Rio Grande do Sul. Foram considerados “perigosos” os doadores com título de anticorpos Anti-A e Anti-B acima de 1/100.

Material e métodos

Estudo retrospectivo baseado em dados secundários obtidos por meio do sistema informatizado da instituição, referente ao período de janeiro a julho de 2025. Foram analisadas a tipagem ABO e as titulações de anticorpos anti-A e anti-B dos doadores de plaquetas por aférese.

Discussão e conclusão

No período avaliado foram coletadas 438 plaquetas por aférese de 144 doadores. Destes, 46,6% (n = 67) eram doadores do grupo O, 40,2% (n = 58) do grupo A, 7,6% (n = 11) do grupo B e 5,6% (n = 8) do grupo AB. Dos doadores do grupo O, 18% (n = 12) apresentaram titulação maior que 100 para Anti-A, 13,4% (n = 9) apresentaram titulação maior que 100 para Anti-B, 16,4% (n = 11) apresentaram titulação maior que 100 para Anti-A e Anti-B e 52,2% (n = 35) tiveram título menor que 100 para Anti-A e Anti-B. Dos doadores do grupo A, 22,4% (n = 13) apresentaram título maior que 100 para Anti-B e 77,6% (n = 45) apresentaram título menor que 100 para Anti-B. Dos doadores do grupo B, 9% (n = 1) apresentaram título maior que 100 para Anti-A e 91% (n = 10) apresentaram título menor que 100 para Anti-A. No período analisado 16,4% dos doadores do grupo O apresentaram títulos de anticorpos anti-A e anti-B superiores a 1/100, sendo classificados como "O perigoso". Essa frequência destaca a importância da titulação rotineira desses anticorpos, especialmente em doações destinadas a receptores ABO-incompatíveis. A identificação precoce de doadores com alto título permite um gerenciamento mais seguro dos hemocomponentes, contribuindo para a redução de eventos adversos e aumento da segurança transfusional. A adoção sistemática da titulação pode ser uma estratégia eficaz para otimizar a utilização das plaquetas por aférese em contextos de escassez e necessidade de transfusões fora do grupo ABO.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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