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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2260
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ESTOQUE MÍNIMO E GESTÃO EfiCIENTE: PILARES DE SEGURANÇA TRANSFUSIONAL EM HOSPITAL COM ALTA DEMANDA TRANSFUSIONAL ATENDIDO PELO GRUPO GSH
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LCM Silvaa, AM Sousaa, ALG Amarala, MIA Madeiraa, JPL Amorimb
a Grupo Gestor de Hemoterapia ‒ Grupo GSH, Ribeirão Preto, SP, Brasil
b Grupo Gestor de Hemoterapia ‒ Grupo GSH, Brasília, DF, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A gestão eficiente do estoque de hemocomponentes é essencial para garantir a segurança transfusional, especialmente em hospitais com alta demanda. Manter estoques adequados evita faltas e desperdícios, assegurando o atendimento de pacientes críticos. Nesse contexto, a manutenção de estoques mínimos e estratégias de monitoramento são fundamentais para a sustentabilidade e eficácia do serviço de hemoterapia.

Objetivos

Apresentar os efeitos da manutenção semestral do estoque mínimo frente ao consumo e os resultados do gerenciamento como ferramenta de segurança transfusional em hospital de alta complexidade e grande volume transfusional.

Material e métodos

Estudo descritivo retrospectivo realizado entre janeiro/2023 e julho/2025 em hospital privado de grande porte, com média mensal de 600 transfusões. O protocolo de estoque mínimo por tipo de hemocomponente e ABO/Rh já existia, considerando média de consumo e sazonalidades. Os dados foram extraídos do sistema informatizado e analisados no Power BI, com foco em dias de cobertura e consumo.

Resultados

Após reavaliações semestrais do estoque mínimo, observou-se redução de 33% nas perdas por vencimento de hemocomponentes ao se comparar os períodos de janeiro a julho de 2023 e 2025. A média de dias de cobertura manteve-se estável entre 1 e 2 dias, demonstrando a preservação da segurança transfusional, mesmo com estoques mais enxutos. No entanto, o ideal de 4 dias de cobertura não foi atingido, devido a dificuldades de abastecimento, o que reforça a importância de monitoramento contínuo e ajustes dinâmicos.

Discussão e conclusão

Os resultados demonstram que a gestão ativa do estoque mínimo, aliada ao uso de ferramentas de análise, é eficaz para reduzir perdas e manter a segurança transfusional. A manutenção de cobertura média entre 1 e 2 dias, mesmo em cenário de escassez, destaca a resiliência do modelo adotado e a necessidade de adaptação constante. Em hospitais de alta complexidade, onde a demanda é variável e crítica, o estoque mínimo precisa ser flexível e orientado por dados atualizados. A integração entre agência transfusional e Banco de Sangue fornecedor foi essencial para o sucesso da estratégia. A manutenção periódica e baseada em dados do estoque mínimo contribuiu de forma significativa para a segurança transfusional em hospital de alta demanda. A estratégia reduziu perdas, otimizou recursos e garantiu qualidade no atendimento, mesmo com limitações logísticas. O modelo adotado se mostra eficaz e replicável, devendo ser considerado prática essencial em serviços de hemoterapia hospitalar que buscam aliar segurança ao uso racional dos hemocomponentes.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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