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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 572
Acesso de texto completo
ANTÍGENO ERITROCITÁRIO DEA 1 EM CÃES DE DIFERENTES RAÇAS NA CIDADE DE LONDRINA/PR
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MFR Sousa, MEL Oliveira, HS Ramos, PE Luz, ABJ Silva, KK Sarto, ACO Silva, PM Pereira
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

O grupo sanguíneo mais conhecido em cães é o DEA (Dog Erythrocyte Antigen). Sendo o DEA 1 caracterizado pela ausência de anticorpos naturais, porém alta antigenicidade e produção de aloanticorpos após a sensibilização entre paciente DEA 1 negativo e doador DEA 1 positivo, causando em transfusões subsequentes reação hemolítica imunomediada aguda. A incidência do DEA 1 positivo varia de acordo com a região estudada e com a raça do cão.

Objetivos

Este estudo teve como objetivo determinar a incidência do antígeno eritrocitário DEA 1 positivo em cães de diferentes raças atendidos em um hospital veterinário universitário na cidade de Londrina.

Material e métodos

Foram avaliados 150 cães, machos e fêmeas, com idades entre quatro meses e 16 anos, pertencentes a 18 raças distintas, além de cães sem raça definida (SRD). A tipagem sanguínea foi realizada por meio do teste imunocromatográfico comercial específico para detecção do antígeno eritrocitário DEA 1 (Quick Test DEA 1.1®, Alvedia, Lyon, França). As amostras sanguíneas foram coletadas de tubos de sangue contendo EDTA utilizados para a realização de hemograma e analisadas conforme as instruções do fabricante, observando-se a presença ou ausência da banda de coloração vermelha no campo de leitura como critério de positividade para DEA 1.

Resultados

Dos 150 cães analisados, 57,33% (86/150) foram positivos para DEA 1. A distribuição por raça revelou prevalência de positivos de 70,83% (34/48) em cães da raça Golden Retriever; 30% (6/20) em Pit Bull; 64,29% (18/28) em cães sem raça definida (SRD); 55,56% (5/9) em Pastor Alemão; 55,56% (5/9) em Shih Tzu e 50% (18/36) nos cães pertencentes a outras 14 raças. As demais raças incluíram, entre outras, Labrador, Rottweiler, Boxer e Border Collie.

Discussão e conclusão

A incidência geral de cães positivos para o antígeno DEA 1 observada neste estudo (57,33%) está alinhada com o descrito na literatura, que indica uma distribuição relativamente equilibrada entre cães positivos e negativos. Observou-se maior frequência de positividade para DEA 1 em cães da raça Golden Retriever (70,83%) e sem raça definida (64,29%), e menor prevalência identificada em cães da raça Pit Bull (30%). Os dados obtidos demonstraram variações na prevalência do DEA 1 entre as diferentes raças avaliadas. O risco de um cão DEA 1 negativo receber um sangue DEA 1 positivo é alta nesta população, aumentando o risco de sensibilização e reação hemolítica imunomediada aguda. Portanto, a tipagem sanguínea e provas de compatibilidade, como a reação cruzada, são fundamentais para garantir maior segurança transfusional e diminuição da sensibilização em cães.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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