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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 2807
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ANÁLISE COMPARATIVA DE SOROLOGIA POSITIVA PARA SÍFILIS EM DOADORES DO BANCO DE SANGUE DE BRASÍLIA COM DADOS EPIDEMIOLÓGICOS NACIONAIS
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JPL Amorim, PFS Batista, SMC Lira
Grupo Gestor de Hemoterapia ‒ Grupo GSH, Brasília, DF, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A sífilis permanece como um problema de saúde pública no Brasil. Apesar dos avanços no rastreio e diagnóstico, dados recentes mostram persistência na detecção da doença em diversas regiões. Os boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde indicam que, entre 2022 e 2023, houve redução nacional da sífilis adquirida, com taxa de 54,8 casos por 100 mil habitantes em 2023. No entanto, no Distrito Federal, observou-se crescimento entre 2020 e 2022, seguido de leve redução em 2023.

Objetivos

Comparar os dados de triagem sorológica para sífilis em doadores do Banco de Sangue de Brasília com dados epidemiológicos nacionais e regionais do Ministério da Saúde (2022‒2024), avaliando possíveis relações e contribuindo para a vigilância epidemiológica da doença.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo e descritivo, com dados extraídos das planilhas internas do Banco de Sangue de Brasília, referentes a 2022 a 2024. Analisaram-se variáveis como número de doações, testes reagentes, sexo e idade dos doadores. Os resultados foram comparados com boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde nos anos correspondentes.

Resultados

A análise evidenciou taxa significativa de positividade para sífilis entre doadores, especialmente homens de 20 a 39 anos, faixa etária que coincide com a maior prevalência segundo o Ministério da Saúde. A proporção de sorologia positiva reflete a tendência elevada observada no DF, que ultrapassou 80 casos/100 mil habitantes em 2022.

Discussão e Conclusão

Os dados dos doadores refletem parcialmente a epidemiologia da população geral. A triagem sorológica é importante para vigilância, podendo antecipar surtos e orientar políticas preventivas. A persistência da infecção entre adultos jovens indica necessidade de campanhas educativas e testagem ampliada nesse grupo. Os dados obtidos no banco de sangue de Brasília revelam uma prevalência de sífilis consideravelmente superior à taxa de detecção nacional apresentada pelo Ministério da Saúde. Enquanto os boletins oficiais apontam uma tendência de estabilidade ou leve redução da sífilis adquirida, com taxa de 54,8 casos por 100 mil habitantes em 2023, os resultados da triagem sorológica dos doadores sugerem um cenário mais alarmante, especialmente entre homens jovens entre 20 e 39 anos. A análise comparativa evidencia que a taxa de positividade para sífilis entre os doadores de sangue em Brasília é significativamente mais alta do que a média reportada nos boletins epidemiológicos nacionais. Essa diferença sugere que os bancos de sangue são fontes valiosas de dados para detecção precoce de infecções transmissíveis e podem antecipar tendências epidemiológicas negligenciadas por outras ferramentas de vigilância.

Texto Completo

Referências: Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico de Sífilis – 2022, 2023 e 2024. Silva, F. et al. Triagem sorológica de doadores como ferramenta de vigilância para sífilis. Revista de Saúde Pública, 2022. Rodrigues, A. et al. Sífilis adquirida em capitais brasileiras: tendências e desafios. Cadernos de Saúde Coletiva, 2023.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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