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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S440 (outubro 2024)
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VASCULITE CUT NEA COMO APRESENTAÇÃO INICIAL EM PACIENTE COM LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA FLT3+: RELATO DE CASO
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ASA Silva, LGF Lima, TR Evangelista, MFH Costa, HC Moura, MC Araujo, AQMS Aroucha, MCDM Cahu, VECB Dantas, MP César
Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Recife, PE, Brasil
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HEMO 2024

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Introdução

Erupções cutâneas em pacientes com leucemias agudas são complicações frequentes no curso clínico, geralmente relacionada a infiltração da doença (Leucemia cutis), porém em vários casos pode ser não leucêmica. Há relatos de vários tipos de lesões como lesões infecciosas, reações a drogas, vasculites secundárias, crioglobulinas ou lesões por sangramentos.

Relato

Mulher, 39a, iniciou quadro de lesão cutânea em antebraço esquerdo e bicitopenia (Hb 9,2 g/dL; plaquetas 29.000/μL) com leucocitose (11.000/μL com 48% de blastos), sendo encaminhada para investigação. À admissão trazia biópsia de antebraço constatando vasculite. Em mielograma e imunofenotipagem admissional: 82% de blastos mieloides com positividade para: CD13, CD33, CD34, CD38, CD64, CD71, CD81, CD117, CD123, HLA-DR, MPO. A biologia molecular foi positiva para FLT3 e negativo para BCR-ABL P210, AML1-ETO, NPM1 e CBFB-MYH11. O cariótipo foi 46, XX. Por elegibilidade a tratamento intensivo foi optado pelo protocolo 3+7, enquanto se judicializou midostaurin. Apresentou neutropenia febril e necessidades transfusionais. Quadros infecciosos em pulmão sepse por S. haemolyticus; e lesão ulcerada em região pélvica, com Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumanii em culturas. A úlcera, inclusive, era provavelmente em decorrência de vasculite cutânea, como a lesão do antebraço biopsiada, visto que paciente afirmou que a lesão iniciou com morfologia semelhante à do antebraço. Em D+30 foi avaliada a resposta à quimioterapia com mielograma, ainda com 30% de blastos. Em nova internação foi optado pelo protocolo Flag-Dauno e a paciente evoluiu com aplasia severa, intensa necessidade transfusional, choque séptico e óbito.

Discussão/Conclusão

A maioria das vasculites secundárias nas neoplasias hematológicas são c-ANCA negativas e mais associadas a mielodisplasias, leucemia de células pilosas e linfomas, sendo ainda muito raras (2% a 8%) Neste relato, a lesão de vasculite secundária a paciente com lma FLT3+, o que é ainda mais raro, em relação aos relatos na literatura. Essas lesões podem preceder, acompanhar ou suceder a LMA e servem de alerta para avaliação de neoplasias em pacientes com vasculite.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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