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Informação da revista
Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S496 (outubro 2022)
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VALIDAÇÃO DO PROTOCOLO DE CENTRIFUGAÇÃO PARA TRIAGEM SOROLÓGICA DE DOADORES DE SANGUE
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CR Cohena, RE Boehma, MB Silvab, F Bonacinaa, C Fontanab, J Farinona, L Sekinea,b
a Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
b Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil
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Este artigo faz parte de:
Vol. 44. Núm S2
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Introdução

A centrifugação é um método utilizado para separar os componentes sanguíneos, sendo uma etapa importante da fase pré-analítica dos ensaios biomédicos. Idealmente deve ser padronizada por cada laboratório.

Objetivo

Comparar dois protocolos de centrifugação, estabelecendo o ideal para uso na rotina de triagem sorológica no Serviço de Hemoterapia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).

Material e métodos

Dois protocolos de centrifugação foram realizados em amostras de doações de sangue e recoletas, colhidas em tubos com gel e ativador de coágulo da marca BD, de maio de 2021 a maio de 2022. O primeiro seguiu a recomendação do fabricante (1300g por 10 minutos) e o segundo, o protocolo interno do laboratório de Sorologia (2492,5g por 10 minutos). A centrífuga utilizada foi a ThermoFisher Scientific Multifuge 3S-R Plus. De cada doação, dois tubos foram coletados, cada um submetido a um dos protocolos. Após a centrifugação, foi realizada inspeção visual das amostras e análise por eletroquimioluminescência (ECLIA-Roche) dos parâmetros HBsAg, HBc, HCV, HIV, Chagas e HTLV e VDRL (Wiener) por floculação a fim de verificar o impacto nos resultados da triagem sorológica. Os dados foram analisados no Sistema SPSS v.18.

Resultados

Foram testadas 216 amostras em ambos os protocolos de centrifugação, sendo 90 doações, com triagem sorológica completa, e 126 recoletas, triadas apenas no teste reagente. Cinco amostras (4%) apresentaram alterações na inspeção visual e duas (1,6%) precisaram ser re-centrifugadas antes das análises; todas estas integravam o protocolo do fabricante. Ao comparar os resultados da triagem sorológica, as amostras Não Reagentes para HBc e HIV apresentaram índices maiores nos tubos centrifugados conforme o fabricante (p <0,01), porém sem significância clínica, isto é, apesar da diferença no resultado, a conclusão sorológica não foi afetada. O protocolo interno do laboratório de sorologia atendeu 100% de conformidade nos quesitos avaliados.

Conclusão

O protocolo interno apresentou resultados sorológicos similares ao do fabricante e melhor qualidade do soro após a centrifugação. Considerando o percentual de conformidade atingido pelo protocolo interno do Laboratório de Sorologia, este parece ser o melhor para uso na rotina de triagem sorológica de doadores do Serviço de Hemoterapia do HCPA. Os achados evidenciam a importância de cada laboratório validar o processo de centrifugação de acordo com suas necessidades.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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