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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1125-S1126 (outubro 2024)
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UTILIZAÇÃO DO PBM NA REDUÇÃO DE TRANSFUSÕES EM CIRURGIAS ONCOLÓGICAS DE GRANDE PORTE
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308
PF Kalume, WLA Costa, JL Vasconcelos, IA Estevam, SL Vasconcelos, JFC Sampaio, MCQL Verde, AP Souza, AS Mota, IFM Heineck
Universidade Estadual do Ceará (UECE), Fortaleza, Ceará, Brasil
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HEMO 2024

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Objetivos

A transfusão pode prevenir complicações graves durante sangramento descontrolado e é considerado um tratamento que salva vidas; no entanto, tem impactos negativos na morbidade pós-operatória e nos resultados a longo prazo em pacientes cirúrgicos oncológicos.Nesse contexto, o gerenciamento de sangue do paciente (PBM) foi introduzido na última década para reduzir o uso de hemoderivados e melhorar a tolerância à anemia. Essa revisão visa avaliar a utilização do PBM na redução de transfusões em cirurgias oncológicas de grande porte.

Materiais e métodos

Este estudo é uma revisão narrativa guiada pela pergunta: Qual o impacto do uso do PBM na redução de transfusões em cirurgias oncológicas de grande porte? Buscaram-se artigos nas bases de dados PubMed e Scielo, entre 2018 a 2023, usando os descritores “Oncologic Surgery”e “Patient Blood Management”. O booleano “AND”foi utilizado para associar os termos. Foram incluídos artigos sobre o tema em qualquer idioma. Assim, encontraram-se 4 artigos, dos quais 2 foram selecionados para a base principal da revisão.

Resultados

A presença de anemia secundária a sangramento, malignidade ou quimioterapia é frequentemente observada em pacientes com câncer e pode aumentar a necessidade de transfusão sanguínea durante a cirurgia. No entanto, complicações são possíveis, como o aumento da taxa de transmissão de doenças infecciosas, de uma resposta imune potencialmente ameaçadora, de lesão pulmonar aguda e de infecções pós-operatórias. Além disso, estudos relatam associação independente entre a transfusão de sangue e o aumento do risco de recorrência do câncer. Nesse contexto, um estudo italiano avaliou os efeitos da implementação do PBM em cirurgias oncológicas abdominais eletivas. A análise revelou que o número de transfusões realizadas diminuiu significativamente e que houve uma tendência para reduzir o gatilho de hemoglobina para transfusões e para aumentar a frequência de uso de apenas um concentrado de hemácias. Um estudo alemão demonstrou que a sobrevida global de 2 anos de pacientes passaram por cirurgia eletiva por indicações oncológicas aumentou após a implementação do PBM. Também foram observados um aumento no número de pacientes com hemoglobina normal; uma diminuição no número de concentrados de hemácias por paciente e uma diminuição no número de pacientes transfundidos.

Discussão

Com base nos dados provenientes desta revisão da literatura, o uso do PBM em cirurgias oncológicas de grande porte mostrou resultados positivos, como uma redução no número de transfusões sanguíneas realizadas e um aumento na sobrevida global de 2 anos pacientes. Ambos os dados demonstram que estratégias como o PBM podem prevenir pacientes oncológicos do risco significativamente aumentado de morbidade e mortalidade pós-operatória devido à transfusão.

Conclusão

Portanto, essa revisão demonstrou que a implementação do PBM em cirurgias oncológicas de grande porte não apenas reduz significativamente o número de transfusões sanguíneas, mas também melhora a sobrevida global de dois anos dos pacientes. O PBM destacou-se como uma estratégia promissora para melhorar os desfechos clínicos e a segurança dos pacientes oncológicos, porém mais pesquisas são necessárias para confirmar esses benefícios a longo prazo e estabelecer diretrizes específicas para sua aplicação em cirurgias oncológicas.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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