
Analisar nas produções científicas, nacionais e internacionais, como o uso terapêutico das células T-CAR é aplicado em cânceres hematológicos.
Material e métodosTrata-se de um estudo do tipo descritivo, qualitativo de revisão de literatura. Os trabalhos para revisão foram coletados eletronicamente através dos sites: NBCI, PUBMED, SCIELO, INCA com publicação no período de 2015 a 2022 nos idiomas: inglês e português, foram utilizados os descritores da forma a seguir: Imunoterapia, células T-CAR, oncohematologia, transferência celular adotiva, immunotherapy, CAR T cells e adoptive cell transfer. A elaboração desta revisão de literatura partiu do seguinte questionamento: como o uso de células T-CAR em cânceres hematológicos tem obtido resultados positivos/promissores? A revisão de literatura visa reunir informações do tema estudado e organizá-los de forma ordenada como método de estudo para auxiliar a aprendizagem profunda sobre o tema desejado.
ResultadosForam selecionados dez estudos como resultados da pesquisa. Os resultados são promissores em pacientes com doenças malignas nas células B e linfoma de células B, a partir disso, foi realizado um levantamento dos diversos estudos que usam a engenharia genética dos CARs específicos e que abordam pesquisas para obter resultados em outras neoplasias hematológicas e tumores sólidos.
DiscussãoRosenberg e Restifo (2015) afirmam que o diferencial e a garantia do bom resultado com T-CAR é a identificação de antígenos que são expressos nas células tumorais e não expressos em órgãos essenciais, Figueroa et al. (2015) e Zhang et al. (2017) descreveram a evolução da estrutura molecular do CAR. A eficácia do tratamento com células T-CAR projetadas a partir dos antígenos CD19 e CD20 foram provadas por Wang et al. (2017), Schubert et al. (2017), Martho et al. (2017), Xu et al. (2018) e Zhou et al. (2018), podendo tornar a terapia com células T-CAR a principal forma de tratamento para diferentes patologias por ser, de acordo com Lim e June (2017), sistematicamente depuradas e aprimoradas de acordo com os surgimentos de diferentes resultados e efeitos adversos. Melenhorst et al. (2022) certificaram que as células T-CAR permaneceram detectáveis em dois pacientes portadores de leucemia com remissão sustentada por mais de 10 anos após a infusão. Recentemente, a ANVISA autorizou o desenvolvimento das células T-CAR em território nacional, resultando em diminuição de até 90% do tempo requerido para reimplantação das células e custos relacionados a internacionalização que ocorriam antes da anuência. Diante dos problemas encontrados em outras abordagens terapêuticas, a terapia com células T-CAR, surge como uma proposta otimista no tratamento de neoplasias hematológicas, pois tem mostrado eficiente ação contra células tumorais. No entanto, estudos adicionais são imprescindíveis para alcançar resultados ainda mais promissores, aumentando as chances de cura de pacientes, com atenção especial aqueles casos que apresentaram recidiva e refratariedade do câncer após tratamento convencional. A terapia com T-CAR busca contornar os entraves encontrados nas terapias convencionais.
ConclusãoO uso terapêutico de células T-CAR pode beneficiar pacientes com cânceres hematológicos e é visto como uma importante alternativa ao tratamento oncológico individualizado, buscando minimizar os efeitos colaterais.