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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S326 (Outubro 2022)
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TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOIÉTICAS (CPH): RESULTADOS OBTIDOS EM DEZ ANOS DE EXPERIÊNCIA NO PROCÉLULA – TERAPIA CELULAR, RJ, BRASIL
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GCMTD Prado, CHC Ribeiro, JJ Saldanha, GACV Silva, CMB Finkel, JPR Azevedo
Procélula - Terapia Celular, Niterói, RJ, Brasil
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A demanda de transplantes autólogos de CPH tem se apresentado crescente ao longo do período de dez anos no estado do Rio de Janeiro. O Procélula vem colaborando para atender a essa demanda no setor privado, incrementando investimentos técnicos e de infraestrutura. Apresentamos os resultados e as características técnicas utilizadas para o seu desenvolvimento. Dezembro de 2011 a abril de 2022 foram atendidos 1051 pacientes (590 mielomas, 417 linfomas e 44 outras doenças) com mediana de idade de 56 anos (18 pediátricos - 7 meses a 14 anos; 1033 adultos - 15 a 76 anos). Para a coleta das CPH, as aféreses foram iniciadas no primeiro dia em que os pacientes apresentaram ≥10 células CD34+/mm3 circulantes. Foram colhidas, em média, 4 volemias por aférese para células mononucleares em CobeSpectra ou Óptia e a quantificação de leucócitos foi realizada em contador automático ABX Micros ES60. Os produtos foram criopreservados em solução de hidroxietilamido (HES) em concentração a 5,83%, albumina humana a 4% e dimetilsulfóxido a 5% do volume final, divididos em frações de 60 a 115mL, com concentração celular alvo de 2-3 × 108 leucócitos totais/mL. Estas frações foram acondicionadas em freezer -80°C e mantidas à temperatura constante até a data do transplante. A viabilidade celular foi definida por microscopia óptica e exclusão por azul de trypan. Para quantificação de CPH utilizamos citometria de fluxo para células CD34+/CD45low, segundo metodologia definida pela ISHAGE, em citômetro FACScalibur (B&D). Realizamos ensaio clonogênico com sistema MACSTM HSC-CFU Media (Miltenyi Biotec) para crescimento de unidades formadoras de colônias de granulócitos e monócitos (UFC-GM) que foram observadas em microscopia óptica invertida 14 a 16 dias após a incubação a 37°C. Os 1051 pacientes analisados realizaram 1142 mobilizações com G-CSF (53 associadas à quimioterapia, 355 ao Plerixafor e 13 à quimioterapia e Plerixafor; 1080 com coleta e 62 falhas de mobilização sem coleta) e um total de 1594 aféreses. A média de CPH circulantes antes da primeira aférese foi de 23CD34+/mm3 (0-410), com média de 4,05 × 106 CD34+/kg (0,11-50,50) colhidas por aférese. Os produtos congelados apresentaram concentração celular média de 2,56 × 108/mL (0,23-6,61) com recuperação de 109,44% no descongelamento (52,40-283,33). Apresentaram viabilidade celular >99% antes da criopreservação, e recuperaram em média 92,03% (68,05-99,76) da viabilidade e 79,86% (5,5-830,5) das UFC-GM no descongelamento. Foram realizados 3186 ensaios funcionais, e a relação entre elas (CD34/UFC-GM) foi de 2,57 (0,7-88,9) na amostra fresca e 3,34 (0,7-91,1) na descongelada. 983 pacientes realizaram o transplante, com médias de 3,64 × 106 CD34+/kg (1,20-19,79) e 1,66 × 106 UFC-GM/kg (0,04-10,60) infundidas. A média foi de 10 dias da pega de granulócitos (8-18). Estes dados corroboram com os apresentados anteriormente, reforçando que a criopreservação a -80°C com HES e baixa concentração de DMSO resulta em excelentes desfechos clínicos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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