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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1107-S1108 (outubro 2024)
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Páginas S1107-S1108 (outubro 2024)
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TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE CÉLULAS CAR-T PARA TRATAMENTO DE LINFOMAS
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CDTM Frota, GDAC Cavalcante, LBP Leão, MLS Sousa, LAL Frota, AKA Arcanjo, PHM Souza, AMLR Portela, LR Portela, AMR Pinheiro
Centro Universitário INTA (UNINTA), Sobral, CE, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Objetivos

Este trabalho visa explorar o transplante autólogo com uso de células car – t para tratamento de linfomas, abordando suas características, resultados e perspectivas.

Métodos

Foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados PubMed e SciELO, abrangendo publicações dos últimos cinco anos, incluindo os estudos que avaliaram o transplante autólogo de células car-t, seus desafios e perspectivas.

Resultados

Transplante de células Cell Antigen (CAR) é um tratamento celular gênico, onde se realiza imunoterapia utilizando células do próprio doente geneticamente modificadas para tratar determinadas doenças oncológicas. As terapias aprovadas até o momento, utilizam linfócitos T, que são modificados para expressar um novo receptor quimérico chamado CAR capaz de reconhecer anticorpos específicos de células cancerígenas. Atualmente é usado para tratar doentes adultos refratários ao tratamento ou redicivantes com linfoma não-Hodgkin (LNH), linfoma de grandes células B e linfomas das células do manto (LCM). O uso deste método demonstrou uma eficácia significativa em pacientes com estas neoplasias e foi um grande avanço no tratamento destas doenças, entretanto ainda existem vários desafios a serem enfrentados. Como o tempo de fabricação dessas terapias que é de 2 a 4 semanas, o seu alto custo, a toxicidade associada às infusões de CAR-T e a sustentabilidade das respostas terapêuticas que não ocorre em todos os pacientes.

Discussão

Os resultados confirmam a eficácia do transplante de células CAR-T para os doentes que não respondiam aos tratamentos de primeira linha, chegando a uma taxa de resposta imediata de 90%. No entanto, a otimização da produção e gerenciamento da toxicidade são áreas cruciais para que haja o aumento do alcance do tratamento e sua maior efetividade. Uma abordagem que vem sendo estudada é a utilização de CAR de outros tipos celulares que não os linfócitos T, como células NK e macrófagos. Há também estudos, que testam a possiblidade do transplante alogênico, independentemente do tipo específico de HLA do paciente, o que permitiria a produção de um produto de prateleira, tornando o tratamento mais rápido, acessível e com menor custo Além disso, outras pesquisas focam em desenvolver métodos de edição genética para criar células T com maior persistência e eficácia no ambiente tumoral e estudar combinações com outras terapias, como inibidores de checkpoint imunológicos, a fim de potencializar a resposta antitumoral e promover respostas mais sustentáveis.

Conclusão

Houve uma grande evolução no tratamento em malignidades hematológicas com o uso da terapia com células T CAR, onde foram alcançados índices de resposta jamais vistos em tratamentos anteriores de linfomas refratários e redicivantes. Apesar disso, alguns desafios ainda precisam ser superados, incluindo a falta de durabilidade e persistência do CAR-T, toxicidades fatais, bem como a melhoria dos processos de fabricação destas células. Para isso existem inúmeras pesquisas, algumas já em fase de ensaio clínico, o que nos dá a perspectiva de termos em breve o aumento do alcance desta terapia, um menor tempo até a infusão destas células juntamente com uma resposta mais efetiva.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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