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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S360 (outubro 2022)
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TELEMEDICINA NA QUALIFICAÇÃO DOS CUIDADOS ONCOLÓGICOS EM PEDIATRIA: RELATO DE CASO EXITOSO PROJETO ONCOTELEINTERCONSULTA
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CMF Pinto, JB Oliveira, M Steagell, JVD Mourão, JG Altença, M Pereira
Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), São Paulo, SP, Brasil
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Este artigo faz parte de:
Vol. 44. Núm S2
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Objetivos

Descrever alguns resultados impactantes na jornada do cuidado oncológico e desfecho clínico de um paciente pediátrico em tratamento de leucemia, utilizando telemedicina como modalidade de atendimento em saúde.

Material e métodos

Relata um dos casos apresentados no projeto Onco Teleinterconsulta e seu desdobramento. O projeto conta com uma plataforma que intermedia o atendimento entre médicos oncologistas e experts em subespecialidades oncológicas. O médico oncologista solicita interação, em tempo real, por meio de vídeo chamada, possibilitando discussão de casos com especialistas, para esclarecimento de dúvidas sobre diagnóstico, tratamento e segmento terapêutico, o que é registrado na plataforma. Para segurança, os dados dos pacientes são anonimizados.

Resultados

Em 21/07/2022, uma médica Amapaense, inseriu na plataforma o seguinte caso: criança de 4 anos com aumento do volume abdominal as custas do aumento do volume renal bilateral. A tomografia de abdome revelou aumento do volume renal com modulações esparsas em seu parênquima bilateralmente. A criança também, apresenta leucocitose, com 70.000 leucócitos, anemia e plaquetopenia, com 28.000 plaquetas. Sem blastos no sangue periférico. Evoluindo com 8.000 de LDH, ácido úrico de 9.5 e retenção urinária com infecção urinaria. A biópsia renal nesse momento é inviável. A hipótese era de linfoma renal primário. O médico expert foi acionado, foi solicitado contato imediato com a médica solicitante. O médico expert realizou o atendimento com a médica solicitante falando sobre o manejo inicial do paciente na unidade e em caráter extraordinário, a equipe médica iniciou o encaminhamento do paciente para São Paulo por UTI aérea para uma unidade de atendimento de referência em oncologia pediátrica para dar assistência ao paciente. A criança, em seu serviço de origem, de acordo com a médica solicitante não teria suporte para o tratamento específico da queixa, embora tivesse suporte da unidade de terapia intensiva.

Discussão

O cenário da assistência oncológica pública no Brasil, enfrenta inúmeros desafios, seja pelas lacunas assistenciais devido à amplitude do território, seja pela desigualdade de acesso aos tratamentos, ou pela dificuldade de informações, o resultado é o prejuízo ao paciente. No que se trata ao câncer infantil, devido a raridade das patologias e seu custo de tratamento, e devido a agilidade de evolução dos tumores, o cenário se depara com poucos centros de tratamentos disponíveis e um risco de óbito cada vez maior, quanto maior o tempo de espera para iniciar os tratamentos.

Conclusão

A telemedicina é hoje uma ferramenta regulamentada de atendimento, embora pouco explorada em suas possibilidades. Neste projeto em específico, demonstrou facilitar o conhecimento de novos tratamentos e possibilidades terapêuticas, ampliando o acesso a informações que fazem diferença no desfecho clínico dos pacientes, resultando em interações que podem expandir até mesmo o alcance do paciente a novos serviços de saúde, como no caso relatado neste trabalho.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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