Objetivo: Analisar a taxa de óbito por leucemia, no Brasil, por faixa etária, no período de 2010 a 2018. Metologia: Estudo descritivo do número de mortes e incidência por leucemia linfoide, mieloide, monocítica, do tipo celular NE e outros tipos específicos, no Brasil, durante o período de 2010 a 2018. Os números de óbitos foram obtidos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a partir dos filtros óbitos por faixa etária segundo a Lista de Morbidade do CID-10, categoria 2 do CID-10 (Neoplasias) e taxa mortalidade por ano de processamento. Resultados: A taxa de mortalidade, para menores de um ano, é a mais baixa, com 302 óbitos; a faixa etária de 70 a 79 anos apresentou a taxa mais alta, com 11.288 óbitos, seguida pelas faixas etárias de: mais de 80 anos, com 10.455 óbitos, e 60 a 69 anos, com 9.696 óbitos. Além disso, foram registados, na faixa etária de 1 a 14 anos, 5.609 óbitos, correspondente a quase a 10% do total; de 15 a 19 anos, foram 2.285 óbitos; de 20 a 29 anos, 3.906; de 30 a 39 anos, 4.052; de 40 a 49 anos, 4.684; e, finalmente, de 50 a 59 anos, 6.879 óbitos. O total de óbitos nesse período foi de 59.162 óbitos. Discussão: A maior taxa de óbito, por leucemias, em faixa etária mais precoce, pode ser explicada pela intensa atividade hematopoiética e, consequentemente, serem mais invasivas e agressivas. Porém, a taxa de mortalidade infantil, por essa neoplasia, é menor que nas demais faixas etárias, pois, complicações da doença e do tratamento, como a imunossupressão, tornam os pacientes acima de 60 anos mais susceptíveis a infecções secundárias, além do fato dos pacientes mais novos responderem melhor ao tratamento. Esse fato explica a taxa de óbito da faixa etária de maior de 60 anos ser 5,3 vezes maior que a taxa de óbitos da faixa etária de até 15 anos. Conclusão: Portanto, é importante conhecer as características de cada faixa etária e realizar mais pesquisas na busca da melhor abordagem terapêutica para cada uma delas. Adicionalmente, é imprescindível diminuir essa taxa de mortalidade, pois trata-se de uma neoplasia de alta incidência que afeta intensamente a qualidade de vida dos pacientes.