Analisar como e quais variáveis modulam a apresentação da leucemia na população brasileira com o fito de estimar os impactos dessa letalidade hematológica no Sistema Único de Saúde.

Trata-se de um compilado de dados sobre mortalidade e as variáveis de morbidade da leucemia entre os anos de 2018 e 2020, encontrados por meio do website do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).

Os dados foram obtidos com variáveis: sexo, região e etnia. Excluiu-se os dados ignorados ou em branco. Foram detectados um total de 1.707 mortes por leucemia ao longo do ano de 2020 entre as capitais brasileiras, apresentando diminuição com os dados de 2019 e 2018, anos quais tiveram, respectivamente, 2.038 e 2.024 mortes. Entre os óbitos, (815) eram do sexo feminino e (892) do sexo masculino,sendo a raça branca mais acometida (956), seguida pela raça parda (588). A faixa etária mais acometida foi a de 80 anos e mais com um total de 401 casos, sendo o aumento progressivo dos casos conforme a idade. A região com as capitais mais acometidas do país foi Sudeste com 734 mortes, seguida do Nordeste (396), Centro-oeste (226), Norte (181) e Sul (170).

De acordo com os dados pesquisados, nota-se, apesar da diminuição das taxas de mortalidade, o elevado número ainda existente de óbitos no país, que está bastante associado ao diagnóstico tardio das leucemias. Essa descoberta custosa acarreta em casos com piores prognósticos e tratamentos mais invasivos e prolongados, fato prejudicial que interfere na qualidade de vida dos pacientes e no abandono das medidas terapêuticas. Ademais, a idade avançada do indivíduo é fator de risco para o óbito nas leucemias, pois está correlacionada a aumento de doenças crônicas associadas que elevam a probabilidade de pior prognóstico. Além disso, o Sudeste apresenta o maior número de mortalidade, que está relacionado à quantidade elevada de habitantes dessa região.

Tendo como base o exposto, evidencia-se a ocorrência de uma significativa redução na taxa de mortalidade relacionada à leucemias entre os anos de 2018 e 2020. Entretanto, diversos brasileiros ainda são acometidos por tal patologia, sobretudo os compreedidos na faixa etária superior a 80 anos, sexo masculino e da raça branca. Em decorrência disto, nota-se a necessidade de assegurar uma qualificação adequada para a equipe de saúde responsável, a qual deve ter como objetivo central, garantir a condução terapêutica mais prudente e correta de maneira individualizada e multifatorial, minorando, assim, sua morbimortalidade e proporcionando uma melhor qualidade de vida aos seus portadores ao longo de todo processo terapêutico.