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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S810 (Outubro 2023)
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SOROPREVALÊNCIA DE SÍFILIS EM DOADORES DE SANGUE DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO DE PORTO ALEGRE
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246
PH Janzena, AG Rosaa, CR Cohenb, RE Bohemb, F Bonacinab, L Sekineb,c, SC Wagnera
a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil
b Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
c Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil
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Objetivos

A sífilis é caracterizada como uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) sistêmica, curável e exclusiva do ser humano, que pode ter como via de transmissão a transfusão sanguínea, embora rara graças à triagem sorológica. Um aumento nas taxas de amostras reagentes para sífilis tem sido observado no Brasil, se tornando a doença transmissível pelo sangue responsável pelo maior descarte de bolsas no país. O cenário da sífilis traz consigo um alerta no contexto atual de saúde, portanto, é relevante analisar a soroprevalência de sífilis em doadores de sangue, bem como caracterizar o perfil epidemiológico desses doadores.

Materiais e métodos

Foi realizado um estudo transversal retrospectivo com todas doações de sangue triadas sorologicamente pelo Serviço de Hemoterapia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) durante o período de janeiro de 2018 a dezembro de 2022. Os dados foram coletados através do sistema informatizado da instituição e analisados no SPSS.

Resultados

Foram avaliados os resultados de 65.643 doações de sangue, das quais 369 foram reagentes para sífilis, o que representa uma prevalência de 0,41%. As amostras reagentes foram associadas a doadores do sexo feminino (57,6%), não casados (83,1%), que possuíam até 39 anos (72,1%), com escolaridade de até ensino médio completo (68,2%), e motivados pela doação de reposição (44,6%) (p<0,001). Além disso, uma maior frequência da infecção foi encontrada em doadores residentes da região de Porto Alegre (95,2%), que doaram sangue pela primeira vez (78,4%), e que retornaram para coleta de nova amostra para confirmação do resultado (54,6%).

Discussão

A prevalência de sífilis em doadores de sangue apresentou uma tendência crescente ao longo dos anos do estudo, o que vai ao encontro com os dados nacionais de sífilis adquirida notificados. O perfil associado ao doador reagente, se mostrou similar a outros estudos analisados, com excessão da variável sexo. Foi observada uma maior prevalência de casos reagentes para Treponema pallidum no sexo feminino (57,6%) em relação ao sexo masculino (42,4%) o que difere da literatura existente.

Conclusão

Os dados encontrados contribuem com evidências que podem ser discutidas em âmbito de saúde pública além de disponibilizar informações que auxiliam na seleção de doadores, buscando a segurança transfusional.

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Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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