Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar a produção científica acerca do uso da Terapia Celular como tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio entre 2014 e 2019, melhor conduta em relação aos possíveis tipos de células a serem usadas, das possíveis limitações desse tipo de tratamento e sua efetividade como alternativa terapêutica. Materiais e métodos: Foram reunidos 11 artigos, publicados de 2004 a 2019, em português e inglês. Nesta revisão sistemática da literatura, as base de dados utilizadas foram: Pebmed e Scielo, além de buscas manuais em periódicos da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da utilização do método snow-balling. Resultados: Os estudos sobre IAM em relação a terapia celular mostra que há eficácia e segurança. O uso de células-tronco adultas são mais utilizadas por ter um potencial de transformação mais promissora que a células tronco embrionárias. Associando o tratamento convencional ao uso de células mononucleares autólogas da medula óssea, foi verificado que a região infartada reduziu de forma significativa, além de demonstrar melhora no débito cardíaco, no volume sistólico final do ventrículo esquerdo, na contratilidade miocárdica e na perfusão da região infartada. Os demais estudos que receberam células tronco derivadas da medula óssea e células progenitoras circulantes demonstraram surtir efeitos igualmente positivos. As células-tronco mesenquimais (CTM) têm potencial imunomodulatório. As CTMs são consideradas seguras e eficientes para a melhoria da fração de ejeção do ventrículo esquerdo. Os estudos com mioblastos esqueléticos, ajudam a reduzir a fibrose miocárdica, atenuar o remodelamento do ventrículo e refinar o desempenho do miocárdio. Porém, aumentam a incidência de arritmias ventriculares. As células tronco cardíacas residentes foram usadas em estudos apresentando a formação de cardiomiócitos e células vasculares, gerando uma melhora na função sistólica. Discussão: De acordo com os resultados, encontramos indícios de que as técnicas que utilizam células autólogas de medula óssea, células mononucleares alogênicas e células tronco embrionárias são as mais promissoras e merecem estudos comparativos para elucidar com mais detalhes a eficácia de cada uma. Conclusão: As células-tronco se mostram como uma alternativa para restauração do tecido miocárdico danificado, evitando assim comorbidades que poderiam gerar um pior prognóstico para o paciente. Algumas barreiras como: pouca disponibilidade de células, a questão ética e a necessidade de um atendimento multidisciplinar podem dificultar os avanços nessa terapia. Entretanto, há um vislumbre do futuro com o uso das células-tronco, se encaminhando para resultados promissores e benéficos em pacientes com prognósticos reservados.
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