O indivíduo vivendo com câncer é extremamente complexo. O diagnóstico de neoplasia maligna pode causar medo e angústia, trazendo repercussões não somente orgânicas, mas em dimensões que comprometem a saúde psicológica, social, emocional e espiritual. Tradicionalmente, a medicina dedica-se a descobertas científicas e avanços tecnológicos, entretanto, é necessário buscar ferramentas para abordagem mais ampla da saúde do indivíduo com o objetivo de oferecer um cuidado integral. Neste contexto, a Liga Acadêmica de Hematologia e Oncologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LAHO-UFRJ) organizou um simpósio visando uma abordagem diferenciada do paciente oncológico a fim de empregar metodologias ativas para o aprendizado na prática. O Simpósio foi idealizado e planejado pelos acadêmicos de Medicina da UFRJ, com a supervisão dos orientadores, e realizado no dia 15 de setembro de 2018, nas dependências do Instituto Pró saber, Humaitá, no Rio de Janeiro. Estiveram presentes 51 inscritos, 11 integrantes da Liga Acadêmica, a orientadora e 14 palestrantes, com total de 77 participantes no evento. A divulgação foi realizada por meio das redes sociais da Liga Acadêmica, pôsteres colocados no mural de avisos do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e Instituto Nacional do Câncer. Dentre os inscritos, 51% eram estudantes de graduação em medicina, tanto do 1° ao 3° período (14%) quanto do 4° ao 6° período (37%). 20% dos inscritos eram estudantes de outros cursos da área da saúde e 18% profissionais de saúde. A programação do simpósio constituiu-sede palestra sobre cuidados paliativos, mesa-redonda multiprofissional abordando o tema Terminalidade com a discussão de um caso clínico real. Também palestra sobre estratégias integrativas em oncologia e oficinas com profissionais da Estratégia de Saúde da Família abordando temas como Atenção ao Luto, Prevenção Quaternária em Oncologia e Habilidades de Comunicação. Além dos assuntos estudados, buscou-se ofertar experiências para fomentar a ideia do cuidado integral, com coffee break e almoço confeccionados com alimentos saudáveis; e prática de meditação guiada. Encerrou-se o evento com a palestra intitulada “A mente, a mão e a maleta” com o relato de vivências da prática médica. Conclui-se que as Ligas Acadêmicas proporcionam ao corpo discente a aproximação de temas de interesse particular, muitos não contemplados pelo currículo formal da graduação das universidades, contudo, essenciais para a integralidade do cuidado, estimulando assim o interesse pela área e aprofundamento. A maior parte dos inscritos no evento eram alunos dos três primeiros anos de graduação de medicina, o que demonstra a busca voluntária pela oncologia e atividades práticas desde os primeiros anos da formação médica. O engajamento nas Ligas Acadêmicas não se trata de uma especialização precoce, mas sim de uma oportunidade para desenvolvimento pessoal e profissional, contribuindo também para o aprendizado do trabalho em equipe.
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