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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S831 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S831 (outubro 2024)
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RELATO DE CASO: TRANSFUSÃO DE HEMOCOMPONENTE RH POSITIVO EM PACIENTE TRANSPLANTADA RH NEGATIVO
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IP Ewald, R Mello, S Souza, J Junior, C Freitas, A Castro, A Silveira, F Barbosa, D Brum
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Introdução

O sistema Rh é considerado o sistema eritrocitário mais polimórfico de todos os já identificados , devido a imunogenicidade de seus antígenos, especialmente o antígeno D, até mesmo um pequeno volume de glóbulos vermelhos D-positivo, transfundidos em indivíduo D-negativo, predispõe a uma grande chance de desenvolver anticorpos. Aproximadamente, 80% dos indivíduos Rh negativo que recebem sangue Rh positivo irão produzir anticorpos anti-D após o primeiro contato Acredita-se na importância da rotina de investigação pré-tranfusional para o sucesso clínico e hematológico do paciente, entretanto, erros durante este processo, podem acarretar riscos e comprometer de forma significativa a vida do paciente.

Objetivos

Relatar o caso de uma paciente Rh Negativo, submetida à transplante hepático, que recebeu transfusão de concentrado de hemácias (CH) Rh positivo em seu pós operário.

Relato de caso

Paciente do sexo feminino, 42 anos, transplantada de fígado, realizou exames laboratoriais e constatou a queda da hemoglobina, no pós-operatório imediato. Paciente com tipagem A Negativo, resultados de Pesquisa de Anticorpo Irregular (PAI) negativo Teste de Coombs direto (TAD) positivo. Transfundiu, aproximadamente, 100 ml de CH. Após a infusão deste volume, foi constatado erro ao enviar CH de Rh Positivo, sendo então, suspensa imediatamente a transfusão. A notificação foi realizada em tempo real, sinalizada pela equipe médica e de enfermagem. Paciente foi monitorada pelo período de 30 dias, com a avaliação médica e laboratorial, testes de compatibilidade e reação transfusional, alimentados diariamente nos canais de sistema informatizado. Nao houve necessidade de transfusao de qualquer hecomponente durante a internaçao- Nao houve alteraçao em provas de hemolise.

Discussão

Mesmo com ferramentas de segurança do processo transfusional, tivemos um evento que culminou com a transfusao de hemacias RhD incompativeis. Houve revisao deste processo com toda equipe e solicitado alteraçao em nosso sistema (SBS) para que em situaçoes de extrema urgência, haja sinalizaçao de incompatibilidade de RhD. Entretanto, não foi sensibilizada por hemacias RhD+ e nem apresentou PAI positivo, contrariando a alta frequência de sensibilização presente na literatura. Entedemos que o momento relacionado a supressao imune pos transplante possa ter corroborado o nosso resultado de PAI negativo.

Conclusão

Sabe-se da importância de novas ferramentas que possam prevenir e garantir a segurança do paciente. Desta forma, erros muitas vezes corroboram para uma melhora de processo laboratorial e sistemático, proporcionando evolução significativa na qualidade da conduta transfusional.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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