Objetivo: O Brasil assumiu, através da Lei 10.205/2001, a autossuficiência baseada nas doações altruístas, a garantia da segurança transfusional e a operacionalização de serviços com infraestrutura adequada como objetivos e finalidades das ações e políticas de saúde voltadas para o sangue. A Política Nacional de Sangue, Componente e Hemoderivados, coordenada pelo Ministério da saúde, tem como finalidade garantir a autossuficiência do país em hemocomponentes e hemoderivados e de harmonizar as ações do poder público em todos os níveis de governo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que nessa pandemia atual do SARS-CoV-2, o impacto no suprimento de sangue tem ocasionado redução significativa nas doações que repercutem nos bancos de sangue e hemocentros que precisam readequar para o risco eminente do desabastecimento. Diante disso, mudanças e adaptações na rotina de atendimento se fizeram necessárias para assegurar a fidelidade do doador aos Hemocentros a fim de garantir a segurança do mesmo dentro do serviço. Para tanto, objetiva-se descrever as mudanças de rotinas no serviço de doação de sangue total do Hemocentro Coordenador Recife/PE (HEMOPE) com o intuito de atender as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) diante da pandemia. Material e métodos: Relato de experiência reflexivo das atividades e ações elaboradas e desenvolvidas pelos profissionais do HEMOPE para viabilizar o atendimento durante a Pandemia do SARS-CoV-2. Resultados e discussão: Foi instituído como padronização para os atendimentos aos doadores de sangue a mudança na logística das atividades e ações realizadas, sendo iniciada a partir da elaboração do plano de contingência para enfrentamento da COVID-19, que contemplou estratégias para o planejamento de previsão de insumos necessários para os Equipamentos de Proteção Individual (EPI'S); maior investimento nas ações de limpeza do ambiente no que concerne a área física (pisos, portas, maçanetas de portas, etc.) e equipamentos de uso coletivo; readequação do fluxo de atendimento aos doadores priorizando o horário agendado; ampliação da área física disponibilizada para a espera do atendimento ao doador, incluindo a normativa de manter a distância segura entre os presentes; intensificação das orientações e informações aos doadores para se manter os protocolos de segurança. Os serviços de saúde ao investirem na gestão de riscos e na governança necessária para o enfrentamento desta pandemia com medidas não farmacológicas tem viabilizado a implantação de critérios de segurança que repercutem na minimização dos efeitos danosos acarretados e uma evolução favorável da situação epidemiológica, para o controle da pandemia e a garantia dos serviços essenciais. Conclusão: O surgimento do Novo Coronavírus e a necessidade de isolamento social impactaram significativamente nas doações de sangue. Entretanto, as ações instituídas pelo Hemocentro, visando cumprir as normas de qualidade e segurança, possibilitou a readequação no controle de fluxo de doadores na instituição, assim como maior proteção para que os doadores pudessem sentir confiança para realizar a doação e garantir os níveis seguros de hemocomponentes necessários a assistência aos clientes do Sistema Único de Saúde.
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