
A presença de hemoglobina S (Hb S) em heterozigose é conhecida como traço falciforme. Embora os indivíduos com essa condição frequentemente não apresentem sintomas graves, o rastreamento em centros de hemoterapia e bancos de sangue é fundamental para garantir a segurança dos doadores e receptores.
ObjetivoEste estudo tem como objetivo revisar a produção bibliográfica brasileira sobre a detecção do traço falciforme em doadores de sangue, focando nos anos de 2021 e 2022.
MétodosFoi realizada uma revisão narrativa da literatura, empregando palavras-chave específicas em bases de dados como Google Acadêmico e SciELO. Foram selecionados artigos científicos publicados em 2021 e 2022, em português, de acesso gratuito e com relevância para o tema.
ResultadosAs análises realizadas no Hemocentro Regional de Campos dos Goytacazes e no HEMORIO, ambos localizados no estado do Rio de Janeiro, mostraram as maiores taxas de incidência do traço falciforme entre os doadores de sangue, com prevalências de 2,99% e 3,5%, respectivamente. Em contraste, um estudo conduzido no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS) revelou uma prevalência significativamente menor, de 0,7%.
DiscussãoAs variações nas taxas de incidência do traço falciforme nas diferentes regiões do Brasil refletem a diversidade genética resultante da miscigenação populacional. Essas diferenças sublinham a necessidade de estratégias regionais para o rastreamento e a gestão do traço falciforme.
ConclusãoA revisão ressalta a importância do diagnóstico precoce e da formação de profissionais capacitados para oferecer aconselhamento genético apropriado. O acompanhamento adequado para pais portadores da Hb S ou outras hemoglobinas variantes é crucial para a gestão eficaz da condição e para a segurança dos processos transfusionais.