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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 599
Acesso de texto completo
PREVALÊNCIA DOS FENÓTIPOS ABO, RH E KELL EM RECÉM-NASCIDOS: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE 2025 EM BRASÍLIA
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112
BC Amaral de Alencara, L Peixoto Osoriob, M Valvasoric
a Grupo GSH, Brasília, DF, Brasil
b Grupo GSH, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
c Grupo GSH, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Os sistemas de grupos sanguíneos ABO, Rh e Kell são os principais envolvidos na incompatibilidade materno-fetal. A distribuição dos fenótipos desses sistemas varia regionalmente e ao longo do tempo. Em Brasília, cidade marcada por intensa miscigenação populacional, predominam os fenótipos A e O, seguidos pelos tipos B e AB. A frequência de indivíduos RhD negativos é relativamente baixa, o que aumenta o risco de aloimunização. Os demais antígenos do sistema Rh (C, c, E, e) apresentam ampla diversidade fenotípica, com combinações como Cece, CeCe, CEce, cece, entre outras. O sistema Kell, embora raro e imunologicamente relevante, é classificado principalmente em fenótipos positivos e negativos.

Objetivos

Este estudo avalia a prevalência dos fenótipos ABO, Rh e Kell em recém-nascidos de Brasília em 2025, visando compreender a diversidade genética regional.

Material e métodos

Foram analisadas 2.000 amostras de sangue de recém-nascidos, coletadas entre janeiro e abril de 2025. A tipagem sanguínea foi realizada por meio de testes de aglutinação em cartão para os sistemas ABO/Rh, fenotipagem estendida do sistema Rh (C, c, E, e) e detecção do antígeno Kell.

Discussão e conclusão

Foram analisadas 2.000 amostras de recém-nascidos entre janeiro e abril de 2025. Em relação ao sistema ABO e fator RhD, observou-se predominância dos fenótipos O positivo (n = 850; 42,5%) e A positivo (n = 687; 34,35%), seguidos por B positivo (n = 197; 9,85%) e AB positivo (n = 56; 2,8%). O total de recém-nascidos RhD negativos foi de 210 (10,5%), distribuídos em O negativo (n = 92; 4,6%), A negativo (n = 81; 4,05%), B negativo (n = 31; 1,55%) e AB negativo (n = 6; 0,3%). Na fenotipagem estendida do sistema Rh (antígenos C, c, E, e), os fenótipos mais frequentes foram: Cece (n = 723; 36,15%), cece (n = 421; 21,05%), CeCe (n = 284; 14,2%), cEce (n = 266; 13,3%), CEce (n = 255; 12,75%), cEcE (n = 39; 1,95%), CECe (n = 10; 0,5%) e CEcE (n = 2; 0,1%). Quanto ao sistema Kell, 105 recém-nascidos (5,25%) apresentaram o antígeno K (fenótipo K+), enquanto os demais 94,75% foram classificados como Kell negativos. Os dados obtidos demonstram a predominância dos fenótipos O e A positivos entre os recém-nascidos de Brasília, padrão compatível com a distribuição observada na população brasileira. A frequência de RhD negativos (10,5%) reforça a importância da triagem para prevenção de aloimunização materna. A diversidade nos fenótipos do sistema RhCE evidencia a complexidade genética local, com destaque para o fenótipo Cece como o mais comum. A baixa prevalência do antígeno Kell (5,25%), embora esperada, ressalta sua relevância clínica devido à alta imunogenicidade. Esses achados refletem a miscigenação característica da população da capital federal e reforçam a necessidade de políticas de saúde voltadas à segurança transfusional e ao manejo de incompatibilidades materno-fetais.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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